Governo dos EUA anuncia equipe focada em investigar crimes financeiros que usam criptomoedas

Departamento de Justiça dos EUA tem reforçado repressão aos crimes que envolvem criptomoedas
Prédio do Capitólio, o Congresso dos Estados Unidos, com bandeira

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) anunciou uma nova equipe focada em criptomoedas e que irá investigar crimes financeiros.

A procuradora-geral Lisa Monaco fez o anúncio nesta quarta-feira (6) durante o Aspen Cyber Summit. Ela disse que o grupo irá “fortalecer” a capacidade do DOJ de desmontar plataformas financeiras que permitem que cibrecriminosos “floresçam”.

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Monaco ressaltou que o DOJ também irá lançar uma iniciativa focada em fraudes cíveis cometida pela internet.

“Nós estamos lançando hoje a equipe nacional de fiscalização de criptomoedas”, ela disse. “Já fizemos grandes investidas no combate do uso inadequado de plataformas de criptomoedas e mostramos que não iremos hesitar em ir atrás dessas plataformas que ajudam criminosos a lavar dinheiro ou esconder o que obtiveram por meios ilegais. Esse é um cenário agressivo de ameaças”.

Monaco disse que o time irá incluir uma combinação de especialistas em combate à lavagem de dinheiro e cibersegurança e irá trabalhar para proteger os consumidores de crimes online.

“Exchange de criptomoedas querem ser os bancos do futuro”, ela afirmou. “Nós temos que garantir que as pessoas possam ter confiança quando usam esses sistemas”.

Monaco disse que a iniciativa de combate aos crimes cíveis irá ter como foco ir atrás de empresas que recebem fundos federais, caso não cumpram os padrões de cibersegurança.

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O DOJ está reprimindo cibrecriminosos, especialmente os que usam criptomoedas. Monaco lembrou da última ação bem sucedida da agência, que terminou na condenação de Larry Harmon, um morador de Ohio que passou anos operando um “mixer” de Bitcoin – uma ferramenta que ajuda a ofuscar a fonte de fundos do BTC.

Harmon se declarou culpado em agosto pelo crime de lavagem de dinheiro por meio do serviço que operava. O “mixer” embaralhava as transações de cripto de um modo que as autoridades não conseguiam fazer o rastreamento.

*Traduzido e editado com autorização da Decrypt.co