O governo da Rússia vai obrigar todos os funcionários públicos a declarar bitcoin e outras criptomoedas a partir de 2021, declarou o procurador-geral russo, Igor Krasnov, na terça-feira (20) em uma videoconferência.
De acordo com a nota da procuradoria, participaram da reunião membros da Organização de Cooperação de Xangai (SCO) para debaterem o tema “Práticas modernas e mecanismos eficazes na prevenção e combate à corrupção”.
“A partir do próximo ano, os funcionários públicos serão obrigados a declarar criptomoedas da mesma forma que outros ativos”, disse o procurador.
Krasnov argumentou que dentre os milhões de russos que declaram sua rendas há um número significativo de pessoas que omitem informações de bens. Outro ponto, disse, são as preocupações com a corrupção relacionada a processos criminais.
Segundo o procurador, só neste ano já foram apreendidos cerca de US$ 180 milhões de funcionários públicos relacionados a casos de corrupção, perfazendo nos últimos três anos um total de US$ 440 milhões.
Para exemplificar, Krasnov lembrou da lei aprovada em julho deste ano que deu novos conceitos às criptomoedas para certas áreas de relações jurídicas.
Bitcoin é o 5º investimento mais popular na Rússia
De acordo com uma pesquisa recente do World Gold Council, investimentos em bitcoin e criptomoedas estão entre os cinco mais populares da Rússia, inclusive à frente do ouro, que ficou em 6º lugar.
Segundo a pesquisa, que ouviu cerca de 2.000 pessoas, a conta poupança apareceu em primeiro lugar como a mais popular e mais segura, seguida de investimentos em moeda estrangeira; bens imóveis; seguros de vida; criptomoedas; ouro.
Sobre investimentos em ouro, 57% dos entrevistados nunca compram o metal precioso mas atualmente estão considerando a compra como uma reserva de valor.
Sobre investimento em criptomoedas, a faixa etária de 18 a 24 anos somaram dois terços dos entrevistados que preferem bticoin a investimentos tradicionais.
“Eles são muito menos focado na criação de um portfólio diversificado para proteger seus investimentos para suas gerações futuras”, descreveu o artigo.