Gestora brasileira nega contaminação de fundos de criptomoedas por crise bancária nos EUA

A Hashdex admite já ter usado dois dos bancos atingidos pela recente crise, mas diz ter fechado contas antes que fundos fossem impactados
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Foto: Shutterstock

A Hashdex, gestora brasileira de fundos de criptomoedas, fez um comunicado à imprensa nesta terça-feira (14) negando que seus fundos tenham sido impactados pela crise bancária dos EUA.

A empresa afirma que nunca teve um relacionamento bancário com o Silicon Valley Bank (SVB) – fechado na semana passada -, mas admite que já usou os serviços dos também quebrados Silvergate e o Signature Bank no passado. A Hashdex diz que a exposição passada aos bancos, no entanto, não impactam os ativos sob gestão.

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“É importante destacar que nenhum dos fundos geridos pela Hashdex teve perdas relacionadas a essa crise bancária nos EUA. Nós usamos várias contas bancárias, em diferentes instituições, para nossos fundos”, diz a Hashdex.

“Em geral, dado que cada fundo da Hashdex está totalmente alocado em criptoativos, os saldos restantes em dólares nas contas bancárias são marginais. Nosso principal uso para contas bancárias nos EUA é receber aportes, pagar resgates e liquidar negociações de criptoativos”, explica a empresa em nota.

No entanto, vale lembrar que a Hashdex também possui alguns fundos de investimento com exposição em larga escala à outros produtos, como a renda fixa e o ouro.

Cortando relações

A Hashdex afirma que cortou sua relação com o banco Silvergate em novembro do ano passado, por “precaução”. Dessa forma, a empresa não tinha mais saldo no Silvergate na semana passada, no momento da intervenção da FDIC — agência federal dos EUA que dá garantia a depósitos bancários.

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O corte de relação com o Signature Bank pela gestora brasileira é mais recente, e aconteceu em fevereiro deste ano, também antes da FDIC entrar em ação. 

Por fim, a empresa conclui que em tempos desafiadores como o atual reforçam os fundamentos do Bitcoin, criptomoeda líder do mercado que reage a crise bancária nos EUA com uma valorização impressionante, atingindo nesta terça-feira maior cotação em nove meses.

“Os eventos recentes servem como um lembrete eficaz do porquê o mundo precisa de uma moeda verdadeiramente descentralizada, sem fronteiras e não controlada por intermediários”, fecha a nota da Hashdex.