Piramide formada por bitcoins
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O Corpo de Investigações Científicas Criminais e Criminais (CICPC), maior agência nacional de polícia da Venezuela, prendeu nesta semana um recrutador da Geração Zoe (Generación Zoe), esquema de pirâmide que quebrou na Argentina e em outros países da América Latina no ano passado, deixando vários investidores no prejuízo. César Julio Gómez López, de 35 anos, foi preso em Maracaibo, capital do Estado de Zulia.

De acordo com uma publicação no Instagram do diretor do CICPC, Douglas Rico, López foi preso durante uma ação policial da agência em conjunto com a polícia investigativa de Maracaibo, que saiu em busca do suposto criminoso por fraude internacional. As autoridades ainda procuram por mais quatro suspeitas: Blanca Torres, diretora da Geração ZOE na Venezuela; Martiña Reyes; Patricia Sulbaran; e Yomary Rivas.

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“Eles atraem pessoas na Argentina, Paraguai, República Dominicana, Uruguai e Venezuela por meio de esquema de investimento na empresa Geração Zoe, que opera um modelo de recrutamento multinível com um esquema de golpe ponzi”, disse Rico.

O diretor acrescentou que os suspeitos ofereciam palestras com investidores da área de marketing sobre como ‘investir em criptomoedas lastreadas em minas de ouro”. No entanto, ressalta Rico, trata-se de uma “negociação fraudulenta e servindo como esquemas de pirâmide”. Segundo ele, as ofertas no esquema da Zoe é de uma margem de lucro de mais de 7% por indicação.

No caso de López, ele obteve 20% de cada novo integrante da pirâmide, ou seja, de todos os investimentos das pessoas que recrutou. “Graças ao trabalho árduo do órgão de investigação, um telefone Samsung, J7 Prime, foi coletado como prova; imediatamente à ordem do 13º Procurador do Ministério Público”, concluiu Rico.

Esquema de pirâmide surgiu na Argentina

A Geração ZOE foi criada por Leonardo Cositorto, na Argentina, mas se espalhou por vários países, incluindo Paraguai, Colômbia, Venezuela e Espanha.  O negócio prometia múltiplas fontes de renda e supostos lucros de 7,5% a 10% ao mês, diz uma publicação do site Criptonotícias da última terça-feira (26).

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Segundo o site, os retornos, que eram oferecidos em dólar, viriam de investimentos em diversos segmentos, como trade e apostas esportivas. para o esquema, foi criada uma moeda chamada Zoe Cash.

No caso da Venezuela, continua a publicação, as autoridades iniciaram a investigação sobre os membros da organização criminosa em abril deste ano, com uma uma operação no estado de Trujillo. O objetivo na época era localizar o escritório da Zoe na Venezuela e colher provas contra Bianca Torres.

Leonardo Cositorto, criador do esquema fraudulento que se apresentava como coach financeiro, foi preso em abril na República Dominicana por funcionários da Interpol e posteriormente transferido para a Argentina. Segundo o site Infobae, 14 pessoas suspeitas também foram presas.

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