Gêmeos do Facebook acusam Genesis de fraude com staking de criptomoedas: “Mentia”

Empresa-mãe da Genesis rebate e diz que a dupla por trás da corretora Gemini faz “truque publicitário”
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Irmãos Winklevoss ficaram famosos após processo contra Mark Zuckerberg (Foto: Shutterstock)

Após ameaçar por meses, a Gemini Trust Company acusou formalmente a Digital Currency Group (DCG) e seu CEO, Barry Silbert, de fraude em um processo movido nesta sexta-feira (7).

A Gemini é uma corretora de criptomoedas fundada pelos gêmeos Winklevoss, que ficaram famosos por entrarem com um processo judicial contra Mark Zuckerberg alegando que ele roubou a ideia do Facebook deles. Eventualmente um acordo foi feito para resolver a questão fora das cortes.

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Na queixa, os “gêmeos do Facebook” acusam a DCG, empresa-mãe da Genesis, uma empresa de ativos digitais falida, e seu fundador de fazer “representações e omissões falsas, enganosas e incompletas para a Gemini”.

A Gemini e a Genesis têm travado uma batalha pública sobre o Gemini Earn, um programa que permitia aos usuários receber entre 0,45% e 8% de juros em troca do depósito de seus ativos cripto. A Genesis era a principal parceira do serviço.

A Gemini afirmou que acreditava que os fundos de seus clientes do Earn estavam sendo emprestados pela Genesis de forma a minimizar o risco e gerar retorno sobre os depósitos.

“Aquilo eram mentiras”, escreveu a Gemini em seu processo. “Como se constatou, a Genesis estava emprestando quantias enormes de forma irresponsável a uma contraparte que os réus sabiam que estava usando essas quantias enormes para alimentar uma estratégia de arbitragem arriscada.”

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Algumas horas após a entrada do processo, a DCG emitiu uma declaração própria, afirmando que “nem Cameron nem Tyler Winklevoss estiveram envolvidos em nenhuma das recentes reuniões presenciais” do processo de mediação entre as duas empresas.

“Este é apenas mais um truque publicitário de Cameron Winklevoss para desviar a culpa e a responsabilidade de si mesmo e da Gemini, que operava o programa Gemini Earn”, disse um porta-voz da DCG em um e-mail enviado ao Decrypt.

“Qualquer insinuação de má conduta por parte da DCG ou de qualquer um de seus funcionários é infundada, difamatória e completamente falsa.”

Potência das criptomoedas

A DCG, que é dona da Genesis e do gestor de ativos criptográficos Grayscale, é uma potência na indústria de criptomoedas.

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Durante o auge do final de 2021, quando a capitalização de mercado global das criptomoedas atingiu um recorde de US$ 3 trilhões, a DCG tinha aproximadamente US$ 50 bilhões em ativos sob gestão. Mas, até o final do ano passado, a empresa afirmou em um relatório do quarto trimestre para investidores que tinha US$ 5 bilhões em seu balanço.

A Genesis, de propriedade da DCG, travou os saques em novembro de 2022, levando usuários e o fundador da Gemini a ameaçarem ações legais contra a empresa.

Nos meses seguintes, houve uma discussão pública. Cameron e Tyler Winklevoss, os fundadores da Gemini, exigiram que a Genesis apresentasse um plano para reembolsar o empréstimo de US$ 900 milhões que a Gemini fez para a Genesis Global, que agora está falida.

Silbert e a DCG pediram mais tempo em janeiro. Em seguida, em fevereiro, parecia haver um acordo entre as empresas para o reembolso. Mas, até o final de maio, as coisas já tinham azedado: a Genesis deixou de fazer um pagamento de empréstimo de US$ 630 milhões.

A Gemini fez uma última oferta para reestruturar a dívida da Genesis, a fim de evitar um processo judicial no início desta semana e publicou uma carta aberta, uma das várias, alegando que Silbert estava envolvido em “comportamento fraudulento”.

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*Traduzido com autorização do Decrypt.