O último relatório da CoinShares revelou um aumento significativo dos fundos de investimentos em criptomoedas, com um total de US$ 78 milhões (R$ 403 milhões) fluindo para esses produtos. Porém, o Brasil foi no caminho contrário: o levantamento aponta que aqui os fundos cripto enfrentaram uma saída de US$ 1,7 milhão na semana passada.
Entre os principais mercados analisados, além do Brasil, o único país onde houve saída de dinheiro dos fundos cripto foi a França. Mas o volume é incomparável, já que no país europeu o saldo negativo foi de US$ 100 mil.
Veja abaixo a tabela do Coinshares que mostra a entrada e saída de dinheiro dos fundos de criptomoedas de diversos países:
No panorama global, esta é a segunda semana consecutiva de entradas positivas, com um aumento quase quádruplo em relação aos US$ 21 milhões da semana anterior, sendo também a semana de maior entrada desde julho deste ano, como observado pelo autor do relatório, James Butterfill.
“O Bitcoin foi o principal beneficiário, com entradas totalizando US$ 43 milhões na semana passada, embora alguns investidores tenham visto a recente força de preço como uma oportunidade para adicionar posições vendidas em Bitcoin, o que resultou em entradas de US$ 1,2 milhão no mesmo período”, escreveu o analista da CoinShares.
Os volumes de negociação para produtos negociados em bolsa (ETPs) relacionados a criptomoedas tiveram um aumento robusto de 37%, atingindo US$ 1,13 bilhão no período.
O relatório também destaca um aumento notável nos volumes de negociação do Bitcoin, com um aumento de 16% nas exchanges.
Regionalmente, uma divergência acentuada de sentimentos é evidente, já que 90% das entradas totais originaram-se da Europa, enquanto os Estados Unidos e o Canadá juntos receberam apenas US$ 9 milhões em entradas, de acordo com o relatório. Essa mesma divergência foi observada no mês passado, com a CoinShares citando o clima regulatório adverso nos Estados Unidos.
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ETFs de Ethereum despertam interesse modesto
A estreia na semana passada dos ETFs baseados em futuros de Ethereum nos Estados Unidos marcou um momento significativo para os investidores da segunda maior criptomoeda.
No entanto, a resposta dos investidores a esses produtos foi um tanto fraca, com pouco menos de US$ 10 milhões em entradas durante a primeira semana.
Como observado no relatório, esse “apetite fraco” contrasta fortemente com o lançamento dos ETFs baseados em futuros de Bitcoin em outubro de 2021, que atraíram incríveis US$ 1 bilhão no mesmo período.
“Provavelmente isso se deve ao fraco apetite dos investidores por ativos digitais no momento, sendo injusto comparar com os lançamentos dos ETFs baseados em futuros de Bitcoin em outubro de 2021, já que o apetite era muito maior para a classe de ativos como um todo”, argumenta Butterfill.
Em contraste com o início modesto dos ETFs de Ethereum, a Solana (SOL) experimentou um aumento substancial nas entradas, registrando sua maior entrada semanal de US$ 23,9 milhões desde março de 2022.
A oitava maior criptomoeda da indústria continua a se afirmar como a “altcoin preferida”, de acordo com o relatório, uma afirmação que também foi apoiada na semana passada, quando o valor total bloqueado na rede DeFi da Solana atingiu o máximo do ano, ultrapassando US$ 338 milhões.
*Traduzido com autorização do Decrypt.
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