Jon E. Montroll, fundador da Bitfunder, foi preso nessa quarta-feira em Saginaw, sua cidade natal, no Texas, Estados Unidos. O mandato de prisão foi expedido no mesmo dia, 21/02, pelo Departamento de Justiça americano (DOJ) em consonância com a Comissão de Segurança de Câmbio (SEC).
O americano é acusado por fornecer uma versão mentirosa dos fatos ocorridos em 2013, onde, na ocasião, foram roubadas 6 mil unidades de bitcoin da plataforma e ele não comunicou seus clientes. O suspeito apresentou, ainda, falsas declarações de balanço à polícia americana. Os bitcoins roubados na época valiam pouco mais de US$ 700 mil, hoje valem o equivalente a US$ 70 milhões. De acordo com uma denúncia, hackers se aproveitaram de uma falha no sistema de códigos de programação da Bitfunder (uma exchange sem registro oficial e que está fora de operação desde novembro do mesmo ano). Por meio dessa falha, o sistema creditava lucros indevidos, o que gerou o montante que foi retirado indevidamente.
Marc Berguer, diretor regional da SEC reforça a informação de que essas exchanges devem procurar as autoridades ao menos para que eles possam ter um controle de como elas agem nesse mercado, pois mesmo que demore uma lei de regulamentação, eles têm a preocupação de passar segurança aos investidores, independente de qual sejam os ativos.
“…Continuaremos nos concentrando nesse tipo de plataforma para proteger os investidores e assegurar o cumprimento das leis de valores mobiliários”.
No processo de investigação de fraude contra Montroll constam perjúria e obstrução de justiça, o que pode levá-lo a cumprir muitos anos de prisão após o julgamento.
Os órgãos econômicos, bem como instituições financeiras americanas têm trabalhado junto ao senado para uma regulamentação rápida do mercado de criptomoedas.
A investigação da SEC foi conduzida por Daphna A. Waxman, Daphne Downes e Valerie A. Szczepanik no Escritório Regional de Nova York. O litígio será liderado por Dugan Bliss. O caso está sendo supervisionado por Lara S. Mehraban, diretora regional.
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