A IOTA Foundation se separou do fundador da Iota, David Sønstebø na quinta-feira (11), em uma decisão unânime que alegou vários “interesses divergentes” como a razão por trás da mudança, disse em um anúncio.
“Ficou claro que os interesses de David e os da Fundação IOTA divergem”, disse a Fundação.
Sønstebø fundou e introduziu Iota em 2015 como um blockchain altamente escalonável que tinha como objetivo registrar, armazenar e executar transações entre vários dispositivos eletrônicos – um tipo de abordagem tecnológica popularmente conhecida como “Internet das Coisas”. Os tokens IOTA nativos do projeto valeram US$ 5,25 cada em seu pico em 2017, o auge de sua popularidade.
E embora o Iota seja uma plataforma de código aberto onde qualquer desenvolvedor pode se comprometer, trabalhar ou propor novas ideias, a IOTA Foundation foi criada em 2018 para supervisionar a pesquisa, a educação e a padronização da tecnologia e explorar diferentes maneiras de como poderia ser implantado nenhum mundo real.
No entanto, a visão mais ampla de Sønstebø para o projeto tem sido diferente do que a Fundação com 120 membros almeja. “Houve vários casos em que as ações de David não estavam alinhadas com o que a Fundação representa e quem aspiramos ser”, disse.
Com a saída de Sønstebø, uma equipe fundadora original de Iota ficou reduzida a apenas dois membros. Sergey Ivancheglo, que trabalhou com a equipe em 2015, também partiu no ano passado em uma mudança polêmica e até pediu uma renúncia de Sønstebø na época.
Enquanto isso, apesar da aparente benevolência, a Fundação atraiu críticas generalizadas no passado.
Carlson-Wee, fundador do fundo de criptomoedas Polychain Capital, disse em 2019 que a rede Iota estava muito centralizada, já que seus nodes coordenadores – que manipulam e aprovam transações na rede – eram unificados por uma única entidade. Isso criou um grande ponto único de falha, afirmou ele na época.
*Traduzido e editado com autorização da Decrypt.co