Imagem da matéria: FTX quebra e pede recuperação judicial nos EUA  
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A crise na corretora de criptomoedas FTX chegou ao auge nesta sexta-feira (11). Após sangrar em público por vários dias, a exchange criada por Sam Bankman-Fried (SBF), uma das maiores do mundo, quebrou e entrou com pedido de recuperação judicial do tipo “Chapter 11” — referência ao capítulo da Lei de Falências dos EUA, que permite a uma empresa criar um plano de recuperação sob intervenção judicial para pagar os credores ao longo do tempo.

O agora ex-bilionário Bankman-Fried irá se afastar da direção do da empresa e será substituído por um executivo chamado John Ray III, mas se comprometeu a “ajudar em uma transição organizada”.

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“O Grupo FTX tem ativos valiosos que só podem ser administrados em um processo organizado e conjunto”, disse Ray, em comunicado. “Eu quero garantir para cada empregado, consumidor, credor, investidor e autoridade governamental que nós vamos fazer esse processo com cuidado e transparência”.

O pedido de recuperação judicial abrange a maior parte das companhias do grupo FTX, incluindo o braço americano FTX US, a Alameda Research e “aproximadamente 130 outras companhias afiliadas”, segundo comunicado da empresa.

Segundo o Decrypt, algumas unidades – Ledger X, FTX Digital Markets, FTX Australia e FTX Express Pay – não foram incluídas na solicitação.

A inclusão da FTX US no pedido é uma surpresa para os clientes que usavam a corretora nos EUA. O próprio SBF escreveu ontem (10) no Twitter: “Isso [a crise] é tudo sobre a FTX Internacional, a exchange fora dos EUA. Usuários da FTX US estão bem!”

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A situação da FTX já havia se agravado na madrugada desta sexta, quando reguladores nas Bahamas – país-sede da FTX – congelaram os ativos da corretora, suspenderam seus registros e pediram à Justiça local a liquidação da empresa em meio à crise de liquidez da companhia.

A agência local de regulação das Bahamas disse estar ciente de declarações sugerindo que os ativos da FTX foram mal administrados. A comissão chamou essas ações de potencialmente ilegais e disse que o “curso de ação prudente” era colocar a FTX em liquidação provisória para “preservar ativos e estabilizar a empresa”.

A FTX abriu sua nova sede nas Bahamas em setembro de 2021, depois de mudar a operação de Hong Kong, chamando as Bahamas de um dos poucos países a estabelecer uma legislação adequada para as criptomoedas.

Pouco depois, surgiu a informação de que o governo do Chipre suspendeu a licença para atuação da corretora. O país é membro da União Europeia e a medida impedia as atividades da empresa no bloco continental.

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A FTX obteve há dois meses a aprovação do domínio https://ftx.com/eu por meio dos reguladores locais do Chipre. Na ocasião, a empresa disse que a licença a autorizava a “operar em toda a Área Econômica Europeia”, que inclui a União Europeia mais Islândia, Noruega e Liechtenstein.

A companhia também mostrava sinais de desintegração, com uma onda de pedidos de demissão se espalhando entre a equipe de funcionários.

Terremoto no mercado

O drama da FTX se desenrola desde o final da semana passada, quando a corretora foi alvo de especulações da insolvência da Alameda Research, braço formador de mercado de Sam Bankman-Fried.

A informação sobre a presença excessiva de tokens nativos FTT no balanço da Alameda fez com que Changpeng “CZ” Zhao anunciasse que a Binance iria vender todos as unidades de FTT da empresa, desencadeando uma corrida dos investidores para tirarem fundos da empresa. Sem liquidez sufiente, a FTX passou a travar saques de clientes.

Diante de uma iminente quebra da corretora rival, CZ anunciou na tarde de terça-feira (8) que havia chegado a um entendimento inicial com SBF para comprar a FTX – um negócio condicionado a um processo de due diligence.

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Porém, na quarta-feira (10), a Binance informou que havia desistido da operação de compra da FTX. “No início, nossa expectativa era poder oferecer suporte aos clientes da FTX para prover liquidez, mas os problemas estão além do nosso controle ou capacidade de ajuda”, afirmou a companhia em nota.

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