Novos documentos tornados públicos pela FTX mostram que, além de dever bilhões de dólares para clientes após travar saques, a quebrada corretora de criptomoedas também deve dinheiro para um bar de margaritas nas Bahamas, o país-sede da empresa.
Pelo que indica uma parte do documento sobre gastos da exchange que circulou no Twitter na segunda-feira (28), a empresa criada por Sam Bankman-Fried “pagou fiado” gastos no Margaritaville Beach Resort e agora os deve um total de US$ 55.319, cerca de R$ 294 mil.
“As cinco principais contas a pagar da Alameda incluem uma conta insanamente grande da AWS, uma conta da Bloomberg de US$ 80 mil e US$ 55 mil devidos a Margaritaville Bahamas, que presumo ser uma conta de bar não paga (???)”, escreveu o usuário @sadvalueinvestr ao divulgar a parte do documento que expõe a dívida.
Top 5 Alameda payables include an insanely large AWS bill, $80k Bloomberg bill and $55k owed to Margaritaville Bahamas which I assume is an unpaid bar tab (???) pic.twitter.com/obhMWXyC5z
— Woodrow Oates Montague (@sadvalueinvestr) November 28, 2022
Como ele mesmo informou, a conta no bar não é a maior dívida deixada pela FTX e a Alameda Research. No topo da lista em questão aparece a Amazon Web Services (AWS), a plataforma de nuvem da Amazon com a qual a FTX tem uma dívida de US$ 4,6 milhões.
Na lista também aparece uma dívida de US$ 168,9 mil a dois escritórios de advocacia, além de US$ 80 mil que o grupo deve à Bloomberg Finance.
A recuperação judicial da FTX
A crise na corretora de criptomoedas FTX chegou ao auge no dia 11 de novembro, quando anunciou oficialmente estar quebrada ao entrar com pedido de recuperação judicial do tipo “Chapter 11” — referência ao capítulo da Lei de Falências dos EUA, que permite a uma empresa criar um plano de recuperação sob intervenção judicial para pagar os credores ao longo do tempo.
Naquela semana, o agora ex-bilionário Bankman-Fried se afastou da direção da empresa e foi substituído pelo executivo John Ray III.
O pedido de recuperação judicial abrange a maior parte das companhias do grupo FTX, incluindo o braço americano FTX US, a Alameda Research e aproximadamente 130 outras companhias afiliadas.
Desde então, só cresceu a incerteza entre os investidores com dinheiro preso na corretora. Alguns influencers do universo das criptomoedas chegaram a viajar para as Bahamas atrás de Sam Bankman-Fried.
A quebrada exchange tinha sede nas Bahamas desde setembro do ano passado e funcionava a partir de uma cobertura de luxo no Albany Resort, um condomínio fechado localizado na Ilha de New Providence. O bairro agora é alvo de investigações improvisadas, ostensivamente em nome da comunidade cripto.
Ben Armstrong, que dirige um popular canal do youtube chamado Bitboy Crypto, postou uma live de si mesmo andando pela propriedade do resort, de onde acabou sendo expulso pela equipe de segurança.
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