Franklin Templeton se torna primeira firma de investimentos a revelar taxa do ETF de Ethereum

Franklin Ethereum ETF cobrará 0,19% ao ano para manter Ether em seu fundo, uma taxa muito menor do que concorrentes globais
Foco em uma moeda dourada de Ethereum (ETH)

Shutterstock

A Franklin Templeton se tornou a primeira gestora de ativos a revelar a taxa de administração de seu proposto ETF de Ethereum à vista — e é praticamente inexistente.

De acordo com um documento S-1 atualizado junto à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) na sexta-feira, o Franklin Ethereum ETF cobrará dos clientes apenas 0,19% ao ano para manter Ether em seu fundo, uma taxa muito menor do que as cobradas por concorrentes globais que já estão em operação.

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“A taxa do patrocinador é acumulada diariamente a uma taxa anualizada igual a 0,19% do valor líquido dos ativos do fundo e é paga pelo menos trimestralmente em dólares americanos ou em espécie, ou qualquer combinação desses,” escreveu Franklin.

E não é só isso: o fundo também prometeu isentar todas as taxas do patrocinador nos primeiros US$ 10 bilhões durante os primeiros seis meses após o fundo entrar em operação.

A taxa ultrabaixa imita a dos ETFs de Bitcoin spot que foram lançados em janeiro, onde fundos concorrentes reduziram suas taxas em uma guerra feroz dias antes de seus produtos entrarem em operação. A maioria agora oferece taxas abaixo de 0,3%, com muitos—como Fidelity e VanEck—oferecendo isenções temporárias de taxas.

A Franklin também lançou um ETF de Bitcoin na época, mas perdeu a batalha para concorrentes tanto em volume quanto em ativos. Desta vez, a gestora de ativos não perdeu tempo em divulgar sua taxa, reduzindo seus custos a quase zero.

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“Para contextualizar, a maioria dos ETFs de Ether spot em outros países ou em outros veículos cobra acima de 1%,” escreveu o analista de ETFs da Bloomberg Eric Balchunas no Twitter na sexta-feira. “O mercado de ETFs dos EUA é especial em sua intensidade, e é por isso que a grande maioria dos novos investimentos está fluindo para cá.”

Como visto com os ETFs de Bitcoin, uma discrepância de 1% pode fazer toda a diferença para os clientes. Por exemplo, o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), que optou por manter uma taxa relativamente alta de 1,5% em janeiro, já perdeu mais da metade de seu Bitcoin em saídas.

Apesar de ter mais de 600 mil BTC no lançamento, agora perdeu seu título de maior ETF de Bitcoin do mundo para o fundo muito mais barato da BlackRock. Enquanto isso, ETFs de Bitcoin mais caros no Canadá e na Europa também tiveram saídas líquidas, apesar do aumento na demanda por Bitcoin ao longo do ano.

Além da Franklin, a SEC aprovou aplicações 19-b4 para outros sete ETFs de Ether spot na semana passada. Especialistas dizem que os fundos provavelmente serão lançados em bolsas de valores nacionais dentro de semanas.

*Traduzido com autorização do Decrypt.