As tabacarias da França vão começar a vender bitcoin a partir de 1º de janeiro de 2019, reportou o Europe1 nesta quinta-feira (22). De acordo com o site, os varejistas de tabaco vão oferecer vouchers de € 50, € 100 e € 250 da criptomoeda.
Convertendo euro para o real, os cupons serão vendidos, respectivamente, a R$ 217,00, R$ 434,00 e R$ 1.080,00 aproximadamente, conforme cotação recente.
A oferta vai acontecer por conta de uma parceria da startup francesa de criptomoedas Keplerk com um fornecedor de software para caixas registradoras, facilitando, assim, o processo, diz a reportagem.
Desta forma, a empresa vai permitir que os clientes convertam seus cupons em bitcoins e os armazene em carteiras em sua plataforma. A Keplerk, diz o site, vai cobrar 7% de comissão sobre transações para financiar a operação.
De acordo com Europe1, cerca de 3.000 a 4.000 tabacarias já estão prontas para vender os vouchers. Mais adiante, segundo a reportagem, outras varejistas também serão adicionadas.
Adil Zakhar, diretor do Keplerk, disse que um dos motivos para escolher o setor de tabacaria para ampliar a oferta de bitcoin é que os proprietários desse tipo de negócio são os mais confiáveis.
Por outro lado, a falta de uma regulamentação sempre traz um pouco de insegurança aos novos investidores.
Conforme com um comunicado do banco central francês desta quarta-feira (21), a instituição nega relatos de que tenha assinado um acordo com as tabacarias para que vendessem bitcoin e alertou:
“As criptomoedas são especulativas e não são moedas. Quem deseja investir em bitcoin ou em qualquer outra moeda o faz inteiramente por sua conta e risco”.
França tem 25.000 tabacarias
Provavelmente a Keplerk tenha se interessado no setor de tabacos justamente porque a França possui cerca de 25.000 pontos de venda, segundo informação no site da Associação de Tabacaria francesa Buralistes, que promove a rede e a defesa dos interesses da profissão.
Considerando que, pelo número de tabacarias, o setor já sugere ser um bom negócio, a parceria tem o potencial para tornar o bitcoin amplamente disponível no país, diz a reportagem.
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