Foragido por pirâmide financeira com bitcoin sofre tentativa de homícidio e é preso em São Paulo

Sócio da Arbcrypto, que chegou a ser promovida pelo jogador Cafu, estava foragido da Justiça
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Carro do representante da ArbCrypto (Foto: Divulgação)

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu um dos sócios da Arbcrypto no último domingo (08) em Atibaia, interior de SP, após ele sofrer uma tentativa de homicídio. Enéas Tomaz, foragido da Justiça desde 2020 por suspeita de golpes com bitcoin, foi seguido por dois militares à paisana que atiraram várias vezes contra seu veículo BMW blindado.

Os soldados da PM de SP estavam acompanhados por mais dois civis. As informações são do Ponte.org.

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O caso ocorreu próximo à Rodovia Dom Pedro I, após um pedido de auxílio policial feito por um funcionário do Hotel Tauá, onde Tomaz estaria hospedado. Segundo contou aos agentes da PRF, ele desconfiou que estava sendo seguido e pediu ajuda. No entanto, ao chegar ao local, os agentes foram informados de que Tomaz havia deixado o hotel e que dois carros começaram a segui-lo.

A PRF localizou Tomaz dentro de uma propriedade rural pedindo ajuda. Em seguida, chegaram os militares e os dois civis; um deles, mentor da ‘ação’, se apresentou como delegado e apresentou uma carteira de “delegado federal dos direitos humanos”, relatou o Ponte. Ele confessou que foi vítima de golpe financeiro aplicado por Tomaz e que junto com demais o estava monitorando.

Tomaz confessou aos agentes que tinha um mandado de prisão em seu nome e disse que aquelas pessoas estavam tentando matá-lo. Os atiradores se aproximaram e também receberam voz de prisão. Eles foram conduzidos à delegacia de Atibaia. Segundo o Ponte, os soldados foram levados ao Presídio Militar Romão Gomes, na capital, enquanto os outros dois suspeitos ficaram detidos.

Procurado por golpe com bitcoin

Enéas Tomaz é parte de uma Ação Civil que corre no Tribunal de Justiça de Goiás, onde também são citados Alexandre Cesário Kwok e Marcos Evangelista de Morais. A Arbcrypto, cuja sede ficava em Belize, na América Central, dizia ser uma empresa de soluções de tecnologia focada no desenvolvimento de ferramentas especiais para o mercado de criptomoedas.

O negócio prometia lucros exorbitantes com arbitragem para quem enviasse bitcoin, mas deixou vários clientes sem receber. Em 2019, o ex-capitão da Seleção Brasileira de Futebol, Cafu, chegou a promover o negócio e por isso também foi citado nos autos.

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Cabe lembrar que as criptomoedas são voláteis e é impossível garantir rendimento fixo nesse mercado. Pirâmide financeiras que quebraram  — Unick Forex, Midas Trend, Genbit, etc — revelam muito bem como termina este tipo de esquema fraudulento.