FMI publica manual de CBDC e cobra maior proatividade de países na criação de moedas digitais 

A diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, sugeriu aos países que façam um esforço mais proativo para desenvolver suas CBDCs
Dedo indicador apoia bolo de dinheiro em forma digital

Foto: Shutterstock

O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou um guia intitulado “Manual Virtual da Moeda Digital do Banco Central” para servir de referência a formuladores de políticas e especialistas em bancos centrais e ministérios das finanças sobre o tema das CBDC (sigla em inglês para “Moeda Digital do Banco Central”).

Publicado na modalidade de perguntas e respostas, a iniciativa do FMI visa coletar e compartilhar conhecimentos, lições, descobertas empíricas e estruturas para responder às perguntas mais frequentes dos formuladores de políticas sobre o tema.

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“À medida que o nosso corpo de conhecimento e análise cresce, continuaremos a adicionar cerca de cinco capítulos todos os anos, com o objetivo de fornecer cerca de 20 capítulos até 2026. Além disso, os capítulos serão atualizados periodicamente, refletindo a evolução das opiniões”, diz o FMI.

O tutorial também servirá de base para o envolvimento do FMI com as autoridades nacionais e outras partes interessadas. A entidade espera que os próximos capítulos sobre o tema tragam clareza sobre estabilidade financeira, bem como a comparação com outras inovações de pagamento e a adoção pelo usuário final.

Os cinco capítulos formulados pelo FMI foram intitulados com as seguintes questões:

  • Como os países devem explorar as CBDCs?
  • Como os bancos centrais podem gerenciar o desenvolvimento de produtos CBDC?
  • Os CBDCs afetarão a transmissão da política monetária?
  • Como as medidas de gestão de fluxo de capital podem ser implementadas com CBDCs?
  • Um CBDC poderia ajudar a promover a inclusão financeira?

FMI cobra proatividade de países

Ao falar sobre as CBDCs em um evento em Singapura, a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, sugeriu aos países que façam um esforço mais proativo para desenvolver suas CBDCs. Ela acredita que questões sobre as CBDCs podem “estar num ponto em que o setor público precisa oferecer um pouco mais de orientação”.

“Não para excluir, para não atrapalhar, mas para agir como um catalisador, para garantir a segurança e a eficiência  — e para combater a fragmentação”, disse ela em fala reproduzida pela Reuters em um artigo de quarta-feira (15).