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A Autoridade Bancária Europeia (ou EBA, na sigla em inglês) está preocupada com sua capacidade em apresentar novas regulamentações ao setor de criptomoedas que entrarão em vigor em 2025, citando a escassez de talentos na área e problemas de logística como os principais problemas enfrentados.

Em entrevista ao Financial Times, o presidente da EBA, José Manuel Campa, afirmou que um dos desafios é que apenas em 2025 que a agência saberá exatamente quais criptomoedas terá de supervisionar.

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Com sede na capital francesa de Paris e fundada em 2011, a EBA é responsável por fiscalizar regulamentações bancárias pela União Europeia. Estabelece padrões para normas do setor bancário em todos os Estados-membros.

A União Europeia finalizou seu pacote legislativo para regulamentar os Mercados de Criptoativos (ou MiCA) em março deste ano. A nova legislação, que possui um grande foco em stablecoins, visa atingir uma segurança jurídica para a indústria cripto enquanto garante a estabilidade financeira entre todos os 27 Estados-membros.

Porém, Campa reconheceu que a natureza “muito dinâmica” da indústria cripto significa que a regulamentação “naturalmente tende a ir atrás da curva”, acrescentando que, daqui a três anos, as criptomoedas podem ter “se transformado e iniciado outros usos que eu não consigo prever”.

Reguladora bancária cita problemas de contratação

Outra “enorme preocupação”, segundo Campa, é a contratação e retenção de pessoas especializadas que a agência precisa para supervisionar a indústria trilionária de criptomoedas.

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“É uma alta demanda na sociedade”, admitiu o presidente da EBA.

Uma possível forma de integrar especialistas com competências no setor cripto seria oferecer altos salários — algo que o presidente da EBA disse que “não pode ser discutido” entre a agência e a Comissão Europeia.

Apesar de Campa não desconsiderar que a EBA pode se enganar com o setor cripto em constante evolução, ele insiste que o risco reputacional não é algo com o qual ele se preocuparia.

“Minha preocupação é mais em garantir que o risco que identificamos seja adequadamente gerenciado”, explicou. “Se não sairmos tão bem como deveríamos, teremos de arcar com as consequências.”

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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