A exchange americana FTX, plataforma de derivativos apoiada pela Binance, adquiriu, por US$ 150 milhões (cerca de R$ 800 milhões) a Blockfolio, um aplicativo móvel e gratuito de rastreamento de portfólio e notícias de criptomoedas com 6 milhões de usuários.
“Quero agradecer Edward Moncada e Blockfolio por acreditar em nós e estender meus agradecimentos a todos os que nos apoiaram ao longo do caminho e a todos que estão conosco nessa jornada”, escreveu no Twitter na quarta-feira (25), Sam Bankman-Fried, CEO da FXT.
De acordo com o comunicado da Blockfolio, nada vai mudar no aplicativo, que seguirá independente, mas que até o final do ano será lançada uma nova experiência. Segundo a nota, para negociação de varejo com tecnologia FTX.
“O Blockfolio continuará a operar como um aplicativo independente e nada mudou sobre a seriedade com que levamos seus dados e privacidade”, diz a nota, acrescentando:
“De maneira nenhuma a história da Blockfolio termina com essa aquisição. Estamos nos associando a uma das empresas mais dinâmicas do mercado. As apostas na criptoeconomia estão prestes a ficar muito maiores, a comunidade de usuários de criptomoedas logo se tornará muito maior e, juntos, as possibilidades que podemos construir são infinitas”.
A FTX, que sempre prega seu lema “construída por traders para traders”, é uma exchange mais direcionada para os profissionais do mercado de criptomoedas. Isso porque sua plataforma permite a negociação de mercados de futuros e ainda oferece tokens ERC-20 que rastreiam a volatilidade do bitcoin.
No ano passado, recebeu investimento da Binance, que acordou também realizar ações para agregar a longo prazo o token nativo da exchange, o FTT.
FTX foi criada durante crise
A empresa começou a ser criada num período de recessão do mercado de criptomoedas, entre 2018 e 2019. No ano passado foi lançada, “sem nenhum volume”, disse Bankman-Fried. “Isso é o que acontece quando você lança uma nova bolsa”, acrescentou, em uma série de tuítes.
Hoje, segundo Bankman-Fried, a empresa que tem US$ 1 bilhão em volume diário, quer chegar a US$ 10 bilhões. O plano, disse, é chegar às instituições, aos agregadores de volume, grandes negociadores — “chegar ao varejo e grudar”, escreveu.
O Blockfolio é um pouco mais velho. Lançado em 2014 como um aplicativo com serviço gratuito de rastreamento de portfólio, hoje oferece suporte para criptoativos em centenas de plataformas.