Imagine se a BitMEX fosse descentralizada e desenvolvida no Solana. North Star, do Drift Protocol, tem essa proposta. Com US$ 3,8 milhões de capital recém-arrecadado, o projeto está se aproximando mais de seu objetivo.
A rodada de financiamento foi liderada por Multicoin Capital, com a participação do Alameda Research, QCP Capital, Robot Ventures, Jump Capital, Not3Lau e inúmeros investidores-anjo.
Apesar das similaridades com grandes nomes, como BitMEX, existem alguns diferenciais entre o nascente projeto de Finanças Descentralizadas (DeFi) e a corretora cripto que, neste momento, processou quase US$ 2 bilhões de volume negociado nas últimas 24 horas.
O que é Drift?
Primeiro, Drift utiliza uma variação de um Formador Automatizado de Mercado (ou AMM, na sigla em inglês), em vez de um livro de ofertas, para preencher ordens dos traders.
A escolha de design é encontrada por todo o setor cripto, mas grande parte das corretoras descentralizadas (DEXs) optam por um AMM. Apesar de AMMs serem populares, existe um ponto negativo.
Toda vez que uma ordem é feita em uma plataforma de AMM, como Uniswap ou Drift, traders devem prestar atenção ao grande “slippage” (diferença de preço entre a ordem preenchida e a ordem executada).
Em épocas de volatilidade, por exemplo, a diferença entre esses dois números pode ser grande, prejudicando traders. Slippage é bem perceptível em corretoras que utilizam o modelo AMM e podem não ter liquidez o suficiente.
Apesar de corretoras que utilizam livros de oferta ainda sofrerem com slippage, os efeitos são mitigados por conta da presença de formadores de mercado externos.
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No entanto, formadores de mercado irão cobrar uma pequena taxa para garantir que as ordens sejam executadas da forma mais precisa possível.
E aqui está o ponto negativo: traders devem lidar com o fardo do slippage, possivelmente perdendo uma porcentagem de sua negociação, ou formadores de mercado devem ser compensados por garantir que o slippage seja limitado?
Essa compensação a formadores é chamada de “valor extraível pelo formador de mercado” por Cindy Leow, cofundadora do Drift. Além disso, Leow e sua equipe optaram por um Formador Dinâmico e Automatizado de Mercado (DAMM) para tentar obter o melhor dos dois mundos.
“Apresenta a eficiência de capital de um mercado profundo e robusto com a extensibilidade sempre ativa de um AMM enquanto dá aos traders os recursos que precisam, como margem cruzada e alavancagem”, afirmou.
“Em nossa rede de testes DAMM, Drift criou uma eficiência de capital pelo menos dez vezes melhor do que as opções existentes no mercado.”
Uma porcentagem de qualquer slippage que inevitavelmente acontecer será aplicada ao fundo de seguro da plataforma, explicou Leow. “Mas as taxas de negociação e de liquidação também serão acrescentadas ao fundo.”
A rodada de financiamento mais recente ajudará no fornecimento de liquidez inicial a atuar quaisquer grandes riscos de slippage, além de garantir o fundo de seguros.
Drift foi lançado nessa segunda-feira (25) na rede principal alfa, mas apenas aqueles que possuírem um token não fungível (NFT) Drift Alpha Ticket terão acesso à plataforma.
Esses NFTs foram distribuídos para usuários do Discord, bem como para outros membros do ecossistema DeFi do blockchain Solana.
*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização da Decrypt.co.