A Europol prendeu nesta semana uma gangue de 10 pessoas suspeitas de aplicarem o golpe da troca de chip (SIM) para roubar criptomoedas cujos alvos eram influencers e celebridades. Segundo comunicado na quarta-feira (10), a agência de polícia europeia estima um prejuízo de US$ 100 milhões a vítimas nos Estados Unidos.
As investigações mostraram que a gangue fez uma série de ataques de troca de chip, técnica conhecida como o golpe ‘SIM swap’, direcionados a vítimas de alto perfil nos EUA.
“Os ataques orquestrados pela gangue fizeram milhares de vítimas ao longo de 2020, incluindo influenciadores famosos da internet, estrelas do esporte, músicos e suas famílias”, disse a Europol.
Neste tipo de ação, o criminoso toma o controle da autenticação de dois fatores da corretora para assumir o controle das criptomoedas.
Conforme detalhou a agência, os criminosos trabalhavam em conjunto para acessar os números de telefone das vítimas e assumir o controle de seus aplicativos ou contas alterando as senhas. Eles também sequestraram contas de redes sociais para postar conteúdo e enviar mensagens disfarçadas de vítimas.
Golpe da troca de chip não é novo
Ainda segundo a agência, as prisões foram feitas após uma investigação e cooperação internacional com as autoridades do Reino Unido, EUA, Bélgica, Malta e Canadá.
Há cerca de dois anos, o empresário e investidor americano Michael Terpin abriu um processo no Tribunal Distrital de Los Angeles contra a AT&T pedindo indenização de US$ 224 milhões por fraude, negligência e roubo.
Terpin alegou que perdeu 3 milhões de criptomoedas (não foi revelado qual) porque a empresa roubou sua ‘identidade digital’ [fraude de troca do SIM] da conta do seu aparelho celular.
