EUA indiciam reservistas da marinha por roubarem identidades e venderem por bitcoin

Com os arquivos roubados na fraude, casal conseguiu obter US$ 160 mil
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Foto: Shutterstock

O Tribunal de Fresno, na Califórnia (EUA), indiciou no último dia 28 o casal de marinheiros Masquis Asaad Hooper e Natasha Renee Chalk, acusados de roubar a identidade de mais de 9 mil pessoas e negociar os arquivos por bitcoin. Segundo relatório do Departamento de Justiça (DoJ), com a fraude eletrônica, eles conseguiram obter cerca de US$ 160 mil.

De acordo com os promotores, tudo começou em 2018 com a ação fraudulenta do então suboficial Hooper, de 30 anos, e de sua esposa, Chalk, de 37,  também reservista da Marinha americana. Usando o nome da instituição, o casal, que é da cidade de Selma, persuadiu a empresa de segurança de dados a lhes fornecer acesso ao sistema.

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Segundo o relatório, Hopper e Natasha alegaram falsamente que o 7º Batalhão precisava acessar o banco de dados para fazer verificações de antecedentes do pessoal da Marinha. Com base nessas informações, a empresa aprovou a conta.

Hooper então assinou o contrato de acesso, mas não o usou para fins legítimos do governo. Em vez disso, ele adicionou à conta Chalk, que não era do seu batalhão, e outros indivíduos, relatou a promotoria.

“Nos próximos dois meses e meio, Hooper e Chalk procuraram dezenas de milhares de indivíduos no banco de dados e venderam as informações a terceiros em troca de bitcoin. Os terceiros usaram as informações para cometer roubo de identidade”, diz o DoJ.

Para reforçar as acusações, a promotoria anexou aos autos uma ocorrência que aconteceu na comunidade de Gilbert, que fica no condado de Maricopa, no estado do Arizona. Segundo relataram os oficiais, um homem tentou sacar dinheiro da conta bancária de outra pessoa usando uma carteira de motorista falsa criada com as informações roubadas por Hooper.

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Após o caso, a empresa de segurança de dados excluiu o acesso do casal, mas três meses depois eles tentaram novamente; desta vez, eles se passaram por um colega do batalhão de Hooper (LB), usando identidade e assinaturas falsas.

Se condenados, Hooper e Chalk podem enfrentar uma pena de até 20 anos de prisão por conspiração e fraude eletrônica agravada pelo crime de roubo de identidade, concluiu o órgão.