EUA derrubam pirâmide com criptomoedas que usou dinheiro dos clientes para pagar vida luxuosa de golpistas

Segundo a SEC, a BKCoin, baseada em Miami, deixou prejuízo de US$ 100 milhões enquanto financiava férias e apartamentos para os donos do esquema
Imagem da matéria: EUA derrubam pirâmide com criptomoedas que usou dinheiro dos clientes para pagar vida luxuosa de golpistas

Shutterstock

Mais um dia, mais uma ação cripto da SEC, a Comissão de Valores Mobiliários do EUA. Na segunda-feira (6), o regulador americano anunciou uma ação de emergência contra a consultoria de investimentos BKCoin Management devido a um suposto esquema de fraude e pirâmide financeira.

A SEC alega que a BKCoin Management, com sede em Miami, arrecadou US$ 100 milhões de pelo menos 55 investidores para investirem em uma criptomoeda – mas, ao invés disso, usou o dinheiro em itens de luxo e fazer pagamentos pessoais.

Publicidade

Um dos diretores da BKCoin Management, Kevin Kang, desviou parte do dinheiro dos investidores para pagar férias e um apartamento, além de falsificar documentos, diz a SEC.

O diretor do Escritório Regional de Miami da SEC, Eric Bustillo, disse que os “réus se apropriaram indevidamente de seu dinheiro, criaram documentos falsos e até se envolveram em condutas do tipo Ponzi”.

“Como alega a denúncia, os réus desconsideraram a estrutura dos fundos, misturaram os ativos dos investidores e usaram mais de US$ 3,6 milhões para fazer pagamentos do tipo Ponzi para financiar os investidores iniciais”, acrescentou o anúncio da SEC – ou seja, usaram o dinheiro de novos entrantes para pagar os antigos.

Medidas emergenciais

A SEC informou hoje que já congelou ativos e obteve outras medidas emergenciais contra a empresa. A Comissão agora busca liminares permanentes contra a BKCoin e Kang, além de restituição, juros e uma penalidade civil de ambos os réus. Ele também busca uma ordem judicial e uma liminar contra Kang.

Publicidade

A SEC há anos adota uma postura dura contra a indústria de criptomoedas. Desde 2018, a Comissão tem como alvo as vendas de tokens e ICOs, uma forma de arrecadação de fundos em cripto, como vendas de títulos não registrados. A SEC, agora sob o comando de Gary Gensler, intensificou a repressão, e Gensler deixou claro que acredita que essencialmente todas as moedas e tokens – exceto o Bitcoin – são títulos não registrados.

Muitas empresas de alto perfil agora estão sendo visadas. Em janeiro, a Comissão acusou a Genesis e a Gemini de oferecer valores mobiliários não registrados. No início deste mês, também multou a exchange Kraken em US$ 30 milhões por violar as leis de valores mobiliários.

*Traduzido com autorização do Decrypt.