EUA confiscam US$ 1 bilhão em bitcoin na maior apreensão da história

Quantia havia sido roubada do Silk Road, um marketplace ilegal que acontecia na deep web
Moeda física do Bitcoin sendo esmagada por uma chave-de-fendas

(Foto: Shutterstock)

O Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos comunicou nesta quinta-feira (5) a apreensão do equivalente a US$ 1 bilhão em bitcoins, como revela a Bloomberg. A operação, que ocorreu na terça-feira (3), é o maior confisco de criptomoedas da história do país.

De acordo com o comunicado, a quantia apreendida era ligada ao extinto mercado ilegal Silk Road, fechado em 2013 após levantar US$ 1,2 bilhão com vendas ilícitas que envolviam desde drogas a assassinatos de aluguel.

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É curioso observar que esta notícia chega dias após a movimentação de 69 mil BTC de uma carteira que não registrava atividade desde 2015. Embora nada tenha sido confirmado, circula a suspeita de que o montante confiscado seja o mesmo da movimentação, já que ambos ocorreram no mesmo dia.

Segundo o DoJ, as autoridades identificaram um hacker desconhecido, descrito apenas como “Indivíduo X”, que certa vez conseguiu invadir o sistema do Silk Road. Isso significa que a quantia confiscada não veio diretamente do mercado ilegal, mas já havia sido roubada anteriormente.

“De acordo com a investigação, o Indivíduo X foi capaz de hackear o Silk Road, obter acesso não autorizado e ilegal ao mercado e, assim, roubar as criptomoedas ilícitas do Silk Road e movê-las para carteiras que ele próprio controlava”, diz o processo do DoJ, que foi compartilhado pelo Coin Geek.

De forma temporária, a apreensão tira uma parcela da moeda digital de circulação, o que certamente contribuiu para o aumento em torno de 7% em seu preço na quinta-feira, para cerca de US$ 15.500. A expectativa é que as autoridades federais americanas “devolvam” a quantia confiscada ao mercado por meio de um leilão, como já ocorreu no passado em ocasiões semelhantes.