Imagem da matéria: Ether em queda, energia em alta: ainda vale a pena minerar Ethereum?
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A alta do preço da eletricidade somada a queda do preço do Ethereum fez com que surgissem diversos anúncios de venda de rig de mineração nas redes sociais e levantou a pergunta: ainda vale a pena minerar?

O Portal do Bitcoin conversou com dois dos maiores especialistas de mineração caseira de criptomoedas no Brasil que disseram que o cenário não é tão apocalíptico assim.

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Juliano Caju e Denny Torres afirmam que mesmo com a queda do Ethereum e a alta na energia elétrica, a mineração está rendendo lucros líquidos de 3% a 3,8% ao mês.

Abaixo alguns exemplos dos anúncios:

mineração ethereum
mineração ethereum
(Imagem: Reprodução/Facebook)

E um usuário resumiu o sentimento:

mineração ethereum
(Imagem: Reprodução/Facebook)

Mineração de criptomoedas no Brasil

A mineração de criptomoedas no Brasil é feita no esquema do lobo solitário. A energia cara impossibilita a criação de fazendas grandes em outros lugares. Por aqui, são pessoas que investem sozinhas ou com pequenos parceiros em operações caseiras.

E a janela parece estar fechando. Já faz tempo que o Bitcoin está fora de jogo (exclusivo de grandes fazendas equipadas com Asics) e o Ethereum, principal fonte de lucro para mineradores brasileiros, despencou. Foi uma desvalorização de 16% nos últimos sete dias e uma queda para abaixo da marca dos R$ 20 mil.

Segundo o Índice de Preço do Ethereum (IPE), o token é vendido a R$ 18.266 no momento da produção desta reportagem.

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Além disso, em algum momento de 2022 o método atual de validação de blocos do Ethereum vai mudar do consenso de proof of work (PoW) para o proof of stake (PoS), o que na teoria irá diminuir a necessidade de potência computacional e tornar obsoleto o processo de mineração como existe atualmente (para esta criptomoeda em específico).

No sistema de proof of stake, os mineradores colocam tokens como garantia para terem a chance de adicionar um bloco na rede, de tal forma que as validações serão feitas com base nos ativos travados ao invés de força computacional.

Clique aqui para saber mais sobre as diferenças entre proof of work e proof of stake.

Vender é desespero

“O valer a pena é uma coisa individual. Para quem está acostumado em investir em pirâmides que dizem pagar 10% ao mês, vai achar que não vale a pena fazer um investimento em Fundos de Investimentos Imobiliários (que rende cerca de 1%), sendo que os maiores investidores do Brasil investem nisso. A mineração de Ethereum, mesmo na baixa e minha energia sendo cara, rende mais de 3% líquido. Se eu tivesse energia solar, seria melhor é claro”, afirma Torres.

Caju ressalta que, além da mineração de Ethereum ainda render lucros, outras moedas pagam melhor no momento. O minerador montou uma espécie de calculadora de rentabilidade por placa de vídeo e moedas em seu site.

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“Quem vende o rig é desesperado. Não consegue pensar com calma, ou, pior, pegou dinheiro que não tinha para montar o rig. A mineração de Ethereum está rendendo 3,8% em média e outras moedas estão pagando até melhor”, diz Caju.

Torres destaca que, por conta da alta volatilidade, não é possível dizer qual será a melhor moeda para minerar quando o Ethereum não precisar mais de mineração por placa de vídeo. “Hoje [11 de janeiro] com 4 RTX 3070 TI, minerar a moeda SERO é o mais rentável. Está um pouco mais rentável que o ETH. Ontem eu calculei e era a moeda EQUILIBRIA”, analisa.

Fim do proof of work

Sobre a mudança de proof de work para proof of stake que acontece com a chegada do Ethereum 2.0, Denny Torres ressalta que uma estratégia é continuar minerando ether enquanto a atualização não chega, e segurar os tokens para pode fazer staking quando o sistema mudar; e o rig poderá ser colocado para minerar outras moedas.

Mas ele levanta uma dúvida para quem está prestes a abandonar uma comunidade gigante: “Ninguém sabe se o ETH vai perder valor quando ele abandonar os mineradores”.

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