Um aluno da Universidade Nacional de Singapura (NUS) foi flagrado minerando criptomoedas em seu dormitório durante uma inspeção de rotina da administração. O caso ocorreu na semana passada no UTown Residence, que é um dos prédios para residentes da entidade.
No momento do flagrante o aluno, que não teve o nome revelado, operava um rig de mineração com seis dispositivos. De acordo com o Coconuts, após o caso, a administração da universidade enviou um e-mail de alerta para todos os residentes e afirmou ter aberto uma investigação interna.
Segundo o site, no e-mail, datado na última segunda-feira (11), a NUS informou que o uso de plataformas de mineração de criptomoedas é absolutamente proibido e que serão punidos disciplinarmente quem não cumprir as regras do campus.
No comunicado, a NUS disse que tais dispositivos representam um risco de incêndio por conta da dissipação alta de calor, o que poderia comprometer todo o sistema elétrico do campus.
“Esses dispositivos consomem níveis extremamente altos de energia que podem sobrecarregar nossas placas de circuito elétrico e causar quedas de energia”, diz um trecho do email, segundo o Coconut.
Ainda segundo o site, o alerta também se relaciona com os termos de uso dos dormitórios que preveem a proibição de qualquer atividade que possa causar incêndio, explosão, liberação de materiais tóxicos ou qualquer tipo de perigo para os alunos.
Um porta-voz da UTown Residence, reforçou: “Estamos investigando este assunto e ordenamos que o equipamento seja removido para a segurança de nossos residentes”.
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Uma foto dos equipamentos de mineração compartilhadas na internet mostra uma rig com 6 plataformas instalada ao lado de um sofá e conectada a um ponto de extensão de três entradas. Um pequeno ventilador no chão está apontando para a plataforma.
Não há informações sobre qual criptomoeda o aluno minerador tentava extrair e quais são os modelos das mineradoras que estavam sendo usados por ele.
Mineração caseira de criptomoedas
A mineração caseira de criptomoedas pode ser lucrativa quando preço de energia e mercado favorável estão associados. Minerar Bitcoin, por exemplo, requer muitos equipamentos, logo, o consumo de eletricidade é maior.
Por isso, muitos mineradores constroem pequenas rigs para extrair outras criptomoedas como Ethereum Classic (ETC) ou até mesmo o Ethereum (ETH). No final, contudo, a conta tem que fechar. Em resumo, como qualquer atividade, o interesse pela mineração surge de uma comparação entre o retorno esperado e os custos.
Há cerca de um ano, a mineração de criptomoedas no Brasil viveu dias de febre por conta da falta de emprego no Brasil.
Embora não existam números exatos sobre a atividade no país, há diversos grupos no Facebook com milhares de membros discutindo aspectos técnicos de sistemas, além de vídeos no Youtube que formam uma comunidade em torno do tema.