Empresa quebrada da FTX quer receber R$ 2 bilhões de corretora falida

Na disputa entre empresas em processo de recuperação judicial, Alameda exige devolução de pagamentos feitos à Voyager
Telas com imagens dos logotipos da ftx e da Alameda

Shutterstock

A falida Alameda Research, empresa formadora de mercado da exchange FTX, entrou com um novo processo buscando recuperar cerca de US$ 445 – pouco mais de R$ 2,2 bilhões – da também quebrada corretora de criptomoedas Voyager Digital.

Sam Bankman-Fried, o criador da FTX, também foi fundador da Alameda em 2017. Um dia antes da FTX entrar com pedido de falência em novembro de 2022, foi descoberto que a exchange de criptomoedas havia emprestado fundos de clientes para ajudar a sustentar a Alameda.

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O processo, aberto no Tribunal de Falências dos EUA para o Distrito de Delaware em 30 de janeiro por advogados da FTX em nome da Alameda, se refere a empréstimos que a Voyager fez à Alameda em julho de 2022, antes da falência da FTX.

A Voyager exigiu o reembolso de todos os empréstimos pendentes à Alameda, que, de acordo com o processo, foram totalmente reembolsados antes da FTX – junto com a Alameda – entrar com pedido de recuperação judicial em novembro.

A Alameda reivindica agora todos os empréstimos reembolsados à Voyager.

Conforme detalhado no documento, a Alameda pagou à Voyager quase US$ 249 milhões em setembro e aproximadamente US$ 194 milhões em outubro. Além disso, a trading fez um pagamento de juros de US$ 3,2 milhões em agosto.

Os advogados da FTX agora afirmam que esses fundos são recuperáveis “com prioridade administrativa, de acordo com as seções 503 e 507 do Código de Falências” e podem ser usados para reembolsar os credores da bolsa.

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Esperava-se que a FTX.US, a divisão americana da FTX, adquirisse a Voyager depois de vencer a oferta de US$ 1,46 bilhão para comprar a gestora de ativos digitais da falência em setembro do ano passado.

Adicionando mais complicações ao caso, Alameda também era um dos acionistas da Voyager.

A notícia do processo da Alameda contra a Voyager vem depois que a problemática corretora de cripto recebeu no início deste mês a aprovação inicial do tribunal para vender alguns de seus ativos para a Binance.US em um acordo proposto no valor de aproximadamente US$ 1 bilhão.

*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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