Empresa processa Meta por “cópia” de logotipo corporativo

Dfinity, criadora da blockchain Internet Computer, afirma que o logo da Meta, empresa-mãe do Facebook, é parecido demais com a sua marca
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(Foto: Shutterstock)

Quando a gigante empresa de rede social Web 2 Facebook se reformulou como Meta, aparentemente esqueceu de mostrar seu novo logo para a empresa Web 3 Dfinity.

A suíça Dfinity Foundation, desenvolvedora da blockchain Internet Computer, processou a Meta por violação de marca registrada num tribunal americano, alegando que o logo de looping da Meta lembra muito o símbolo do infinito da Dfinity.

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No processo, aberto em 29 de abril, Dfinity afirma: “Meta e Dfinity visam atrair os mesmos usuários, ou seja, aqueles que buscam uma experiência de usuário inovadora e diferente, criada por usuários, para usuários”.

A empreitada do Facebook no metaverso, que integra a possibilidade de tokens não fungíveis e outros elementos Web 3, ameaça a marca da Dfinity, apesar de a marca valer menos do que antes de o ICP ter sido lançado em maio de 2021.

Logo da Meta (Imagem: Shutterstock)
Logo da Dfinity (Imagem: Shutterstock)

A Dfinity arrecadou US$ 195 milhões em financiamento desde 2018 com o objetivo de criar uma blockchain descentralizada que não precisa da computação convencional em nuvem, que depende de servidores centralizados e pertencentes a Amazon, Google e outras.

Assim como o Ethereum, o Internet Computer oferece contratos autônomos e a capacidade de criar aplicações descentralizadas (ou dapps) que funcionam em uma blockchain.

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Nele, é possível encontrar aplicações de empréstimo e corretoras de Finanças Descentralizadas (ou DeFi, na abreviatura em inglês), mercados de tokens não fungíveis (ou NFTs) e jogos blockchain.

Diferente do Ethereum, já utiliza um mecanismo de consenso proof of stake (ou PoS) que a concede uma vantagem em termos de velocidade de transações e acessibilidade. Além disso, a rede foi criada para escalar automaticamente à medida que mais aplicações a utilizam.

Mas ela ainda precisa ganhar força. Após o token ICP ter sido lançado com uma capitalização de mercado de US$ 57 bilhões, caiu abaixo dos US$ 3 bilhões. Agora, ICP é vendido por US$ 12,80, registrando uma queda de 80% desde seu recorde no dia de lançamento.

Mas Dfinity possui um poço fundo de recursos, incluindo de grandes apoiadores, como Andreessen-Horowitz (a16z) e Polychain Capital. Em maio de 2021, direcionou US$ 200 milhões para integrar desenvolvedores à rede. Também fomentou integrações com o Ethereum e Bitcoin.

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A Meta, dona do Instagram e do WhatsApp, também está em situação difícil. Anunciou uma queda no número de usuários diários ativos no quarto trimestre de 2021, bem como, pela primeira vez, ter tido um pequeno crescimento de receita.

A ação oscilou na semana passada, após uma atualização financeira que superou um pouco as expectativas de Wall Street. No entanto, assim como muitas empresas de tecnologia, incluindo Amazon e Google, está tendo um 2022 difícil: o preço de sua ação caiu 37% desde o início do ano.

Com a crescente pressão de rivais de redes sociais, como o TikTok, o CEO Mark Zuckerberg apresentou, no fim de 2021, uma estratégia de criar um metaverso — uma experiência on-line que incorpora elementos de realidades aumentada e virtual. Projetos Web 3 também estão trabalhando na criação de um metaverso de código aberto.

Enquanto isso, a Dfinity ainda não depositou suas esperanças no metaverso assim como a Meta, apesar de possuir diversas aplicações externas criadas pensando no metaverso, incluindo os jogos IC Gallery e MetaSports Basketball.

A Dfinity pediu ao tribunal que ordenasse a Meta que parasse de usar o símbolo do infinito. Também quer quaisquer lucros resultantes da alegada violação de direitos autorais.

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*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.