Imagem da matéria: Empresa oferece US$ 1 milhão a quem tiver informações sobre lastro da USDT
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A Hindenburg Research, empresa de pesquisas financeiras com foco em expor “short-selling” e fraudes, anunciou uma recompensa de até US$ 1 milhão para quem fornecer “detalhes exclusivos” sobre as “supostas reservas” de lastro da tether (USDT), a maior stablecoin do mundo.

A empresa afirmou que o “Hindenburg Tether Bounty Program” visa descobrir “informações que resultem em detalhes anteriormente não apresentados” sobre o lastro da tether, pois as “informações divulgadas sobre suas reservas são opacas”.

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Historicamente, a Tether Limited, emissora da stablecoin, afirma que cada USDT é lastreado, com paridade de 1:1 ao dólar americano, apesar de muitos terem constantemente questionado essa afirmação.

Este ano, a empresa divulgou que, em março de 2020, apenas 76% de suas reservas eram em dinheiro em espécie e equivalentes de caixa, e que o restante das reservas estava alocado em empréstimos garantidos, títulos e outros investimentos, incluindo bitcoin.

Em seguida, um relatório de asseguração, publicado em agosto, indicou que meros 10% do lastro da stablecoin estão na forma de dinheiro físico e depósitos bancários enquanto quase 50% das reservas, ou mais de US$ 30 bilhões, estavam armazenados em notas comerciais (um tipo de título sem garantia, de curto prazo, emitido por uma empresa).

“Sentimos que a Tether deve apresentar, de forma completa e minuciosa, suas reservas para o público”, afirmou Nathan Anderson, fundador da Hindenburg Research.

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“Na ausência dessa apresentação, estamos oferecendo uma recompensa de US$ 1 milhão para qualquer pessoa que nos possa fornecer detalhes exclusivos sobre as supostas reservas da Tether.”

USDT sob observação

Esta não é a primeira vez que os lastros da stablecoin são questionados.

O anúncio do “Hindenburg Tether Bounty Program” surge logo após a alta multa de US$ 41 milhões enviada à Tether pela Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês) pelo fornecimento de declarações “incorretas” sobre suas reservas lastreadas em moedas fiduciárias.

De acordo com a reguladora, durante grande parte do período entre 1º de junho de 2016 e 25 de fevereiro de 2019, a criptomoedas da Tether não estava completamente lastreada no dólar americano (algo contrário às afirmações da empresa).

A corretora de criptomoedas Bitfinex, empresa-irmã da Tether, também recebeu uma multa de US$ 1,5 milhão por alegadamente permitir que residentes americanos comprassem e vendessem bitcoin e USDT sem registrar suas operações de corretagem na CFTC.

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Pondo ainda mais lenha na fogueira, Alex Mashinsky, CEO da plataforma de empréstimos cripto Celsius Network, revelou que, agora, a Tether está emitindo suas moedas lastreadas em dólar em troca de criptomoedas como bitcoin e ether.

Caso isso seja comprovado, será uma violação ao próprio termo de serviço da empresa.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização da Decrypt.co.

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