Imagem da matéria: Empresa estatal da Argentina usa gás de poços de petróleo para minerar criptomoedas
Deserto de Vaca Muerta, na Argentina (Foto: Shutterstock)

A companhia petrolífera estatal da Argentina, YPF, anunciou que já está em funcionamento um projeto no qual o gás de poços recém feitos está sendo usado para mineração de criptomoedas. A operação foi detalhada em reportagem da agência estatal de notícias Telám, conforme relatado pelo portal local Argenports.

Segundo Martín Mandarano, CEO da YPF Luz, o gás que sai de um poço recém furado é em geral desperdiçado. O projeto então faz com que a empresa de mineração monte uma pequena operação ao lado do ponto de energia gerado e pague pela eletricidade que, antes disso, estava sendo desperdiçada.

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O executivo contou que o projeto está ocorrendo faz três meses na área de Loma Campana, no deserto Vaca Muerta, no sul da Argentina. Essa primeira experiência tem sido com fornecimento de 1 megawatt, ao mesmo tempo em já se está preparando um novo ponto de fornecimento de 8 megawatts.

“Começamos a desenvolver este piloto de geração para mineração de criptomoedas com uma visão de sustentabilidade e negócios a partir do gás natural queimado, que não pode ser utilizado no momento da exploração e no início da produção de um campo de petróleo”, disse Mandarano.

O executivo explicou que quando o poço está em um estágio inicial, esse gás acaba sendo queimado. Depois de um tempo, já é possível encaná-lo e enviar por um gasoduto para produção de energia em larga escala.

Por isso a operação com a empresa de mineração, que não teve o nome revelado, é feita para ser móvel. O equipamento é montado perto do poço para aproveitar o gás até o momento em que ele pode passar a ser encanado. Depois, as rigs são levadas para outro ponto, onde uma nova fonte será aberta.

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“Assim que o poço estiver concluído e o óleo e gás já estiverem em produção, os equipamentos de geração e mineração serão removidos para outro poço no início do desenvolvimento, por se tratar de um equipamento modular e de fácil transporte”, afirmou o executivo.

Segundo Mandarano, a empresa está levando a demanda para onde tem oferta: “Normalmente a oferta está em outro lugar a centenas ou milhares de quilômetros de distância, para o qual é necessário construir uma transmissão que é justamente um dos problemas de infraestrutura”.

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