Imagem da matéria: Em operação contra “Rei do Bitcoin”, PF descobriu fraude em contratos públicos envolvendo irmão do ex-governador do Paraná 
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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (9) a Operação Serendipitia, que apura crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, corrupção ativa e passiva e de associação criminosa.

Segundo a PF, a operação de hoje é um desdobramento da Operação Daemon, deflagrada em 2021 contra um esquema de pirâmide financeira no mercado de criptomoedas. A polícia apurou na ocasião crimes também de fraudes praticadas em processo de recuperação judicial das empresas do grupo investigado.

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Na época, o Portal do Bitcoin revelou em primeira mão que a Daemon tinha como alvo o grupo Bitcoin Banco, que fraudou milhares de clientes em 2019 após travar os saques e nunca mais devolver o dinheiro. O criador da empresa, Claudio Oliveira, conhecido como “Rei do Bitcoin”, e sua esposa Lucinara, foram presos na operação. Ele foi solto em janeiro de 2023.

Agora, a PF afirma que um dos interrogados da operação anterior falou que operava o esquema com dinheiro de um empresário de Curitiba, que foi também superintendente da empresa estatal responsável pela administração dos Portos do Paraná, de 2003 a 2008.

Segundo jornais como Bem Paraná e o Agora São Paulo, um dos empresários alvo da operação desta quinta é Eduardo Requião, ex-superintendente do Porto de Paranaguá e irmão do ex-governador, Roberto Requião. A PF, porém, não confirmou essa informação em nota.

Os valores teriam sido desviados de obras feitas nos Portos do Paraná, principalmente no Porto de Paranaguá, com desvio de licitações no serviço de dragagem do Canal da Galheta, em 2008.

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A PF identificou que o empresário investigado agora recebeu e manteve oculto, de 2009 a 2017, em uma instituição financeira da Áustria, mais de R$ 5 milhões que pertenciam, de fato, ao ex-agente público.

Porém, em seguida, o dinheiro teria sido passado para o investigado na operação Daemon, Claudio Oliveira, que se apropriou e desviou os valores. Por conta disso, segundo a PF, ele foi cobrado e ameaçado de 2018 a 2021, e realizou operações financeiras de lavagem de dinheiro para restituir os valores ao ex-superintendente.

Em nota, a polícia explica ainda que documentos recebidos de instituição financeira austríaca revelaram que, em 2009, uma companhia holandesa realizou três pagamentos em favor da conta administrada pelo suspeito.

No total, os depósitos somavam quase R$ 3 milhões e tinham como destinatário o ex-superintendente dos portos do Paraná. Além disso, na sequência, descobriu-se que a empresa estrangeira havia celebrado contrato público e aditivos com a estatal administradora dos portos, em valor superior a R$ 30 milhões, para execução de serviços de dragagem no Canal da Galheta.

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A Operação Serendipitia mobilizou cerca de 30 policiais federais, que cumprem 10 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de sequestro de bens, expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba/PR, nas cidades de Curitiba e Rio de Janeiro. A Justiça Federal também determinou o bloqueio de contas bancárias e aplicações financeiras dos investigados.

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