A Comissão de Valores Mobiliários do Estados Unidos (SEC) entrou com uma ação na justiça contra o bilionário Elon Musk, fundador e CEO da Tesla. O motivo é um recente tuíte onde o empresário novamente violou regras da reguladora, publicando informações imprecisas da fabricante de veículos.
Depois da primeira violação, em agosto do ano passado, Elon teve que deixar o cargo de presidente da Tesla, pagar uma multa de US$ 20 milhões e ainda se comprometer a não publicar nenhum assunto que possa confundir investidores.
Na ocasião, o tuíte foi responsável pela queda de 5% das ações da Tesla. Musk havia dito que ele poderia tornar a Tesla privada por US$ 420 por ação e que o financiamento da transação havia sido garantido, bastando apenas o voto dos acionistas.
Desde então, a SEC tem monitorado todas as redes sociais usadas pelo empresário.
Agora, a Agência quer que Musk seja novamente punido por violar regras em um novo tuíte, que produziu informações imprecisas sobre a montadora, sem antes passar por um advogado.
Musk, que tem mais de 25 milhões de seguidores no Twitter, não só corre o risco de pagar mais multas como também pode perder seu cargo na Tesla.
Violou regras outra vez
No mês passado, Elon Musk novamente violou regras, segundo a SEC. Ele postou no Twitter uma imagem aérea de carros prestes a serem transportados. O mensagem do empresário foi a seguinte:
“Carregando 4000 carros Tesla de São Francisco para a Europa”.
Até aí, tudo estava normal até que minutos depois Musk foi nos comentários e disse:
“Tesla fez 0 carros em 2011, mas fará cerca de 500.000 em 2019”.
O comentário violou o próprio acordo feito entre Musk e SEC sobre o tuíte de 2018, que proibiu o empresário de fazer comentários públicos que possam afetar a decisão de investidores.
“Não houve qualquer comunicação escrita ou pré-aprovada de que a Tesla produziria cerca de 500.000 carros no ano de 2019”, alegou a SEC.
Ele tentou explicar:
“Eu me referi à taxa de produção anual no final de 2019, provavelmente em torno de 500.000, ou seja, 10.000 carros por semana. As entregas para o ano ainda estão estimadas em cerca de 400.000”, tuitou Musk.
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Segundo a CCN, Musk agora tem até o dia 11 de março para responder a uma ordem judicial e se defender, explicando à juíza federal Alison Nathan, do distrito de Nova York, o porquê ele não deve ser punido.
SpaceX também pode ser prejudicada
O presidente da Tesla também causou um certo desconforto a autoridades do Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Também em setembro do ano passado, Musk foi visto fumando maconha durante uma entrevista no podcast do comediante Joe Rogan.
Além de ser uma figura pública, o ato não foi bem visto pelo órgão militar. Isso, porque Musk goza de proteção federal por seu papel como CEO e fundador da SpaceX. A empresa é licenciada para fabricar e lançar satélites espiões para os militares dos EUA.
De acordo com o advogado Mark Zaid, especialista e casos federais, fumar maconha é “absolutamente motivo para rescisão ou perda de uma autorização”.
Musk como exemplo
A advogada Britt Latham, especialista em casos de valores mobiliários, acredita que a SEC está usando Musk como exemplo para enviar uma mensagem a todos que detém cargos importantes como o do empresário.
Desta forma, a SEC pode estar tentando inibir que, de alguma maneira, pessoas com alto poder de persuasão possam manipular o mercado com notícias exageradas ou até mesmo falsas.
Ela explicou:
“Eles estão construindo seu caso. Se eles concluírem que foi uma violação, certamente vão pedir que o tribunal emita uma ordem que agrave mais ainda uma nova quebra de regras. Então, em algum momento, dado o quão imprevisível é o Sr. Musk, a agência pode assumir um papel mais duro contra o empresário”, concluiu Latham.
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