Eduardo Suplicy vai à conferência Ethereum Rio, canta Bob Dylan e defende Renda Básica Universal

Ex-senador deu palestra sobre o seu projeto de renda básica universal e conquistou o público com as citações do cancioneiro popular
Imagem da matéria: Eduardo Suplicy vai à conferência Ethereum Rio, canta Bob Dylan e defende Renda Básica Universal

Ex-senador Eduardo Suplicy (Foto: Fernando Martines/Portal do Bitcoin)

O ex-senador petista Eduardo Suplicy subiu ao palco nesta segunda-feira (14) na Ethereum Rio, evento que ocorre no Museu do Amanhã na capital fluminense e reúne empresas, desenvolvedores e entusiastas da segunda maior criptomoeda do mundo.

No painel que dividiu com Camila Rioja, líder da Celo na América Latina responsável por levar Suplicy ao evento, o ex-senador não falou de blockchain ou cripto. Ele se ateve ao tema que virou sua marca: a renda básica universal. Trata-se de um projeto no qual todas as pessoas teriam direito a receber um mínimo para atender as necessidades básicas de moradia e alimentação.

Publicidade

Durante todo o tempo, Suplicy falou em inglês fluente. Mas uma hora passou as palavras passaram a lhe escapar; pudera, a tarefa que tentou fazer de improviso era enorme: tentar traduzir os versos de “Homem na Estrada”, clássico do grupo paulistano Racionais MCs e composição de Mano Brown.

O político então pediu perdão e foi para o português:

“Um homem na estrada recomeça sua vida
Sua finalidade a sua liberdade
Que foi perdida, subtraída
E quer provar a si mesmo que realmente mudou
Que se recuperou e quer viver em paz
Não olhar para trás
Dizer ao crime: nunca mais!”.

Quadro histórico do Partido dos Trabalhadores (PT), o político recebido com carinho e aplaudido a todo o momento. Depois de lançar os versos de Mano Brown, a aclamação foi geral.

No final, quando o show parecia estar completo, a apresentadora do evento já dando tchau, Suplicy tinha um último recado. Outra marca registrada sua, cantou os versos iniciais de “Blowin ‘ In The Wind”, clássico do cancioneiro de protesto dos Estados Unidos composta por Bob Dylan nos anos 60.

Publicidade

“How many roads must a man walk down [quantas estradas um home deve percorrer]
Before you call him a man? [antes que o chamem de homem]
How many seas must a white dove sail [quantos mares uma ave deve percorrer]
Before she sleeps in the sand? [até que possa descansar na areia?]
Yes, and how many times must the cannonballs fly [sim, e quantas vezes as balas de canhão devem voar]
Before they’re forever banned? [até serem para sempre banidas?]
The answer, my friend, is blowin’ in the wind [a resposta meu amigo, está sendo soprada pelo vento]

Diz-se que no mundo das artes, a prática de aplaudir de pé foi banalizada. Hoje todo espetáculo é ovacionado dessa forma, já tendo se tornado um procedimento padrão. Mas nesta segunda o único aplaudido de pé no Museu do Amanhã foi Suplicy.