O suposto golpista cripto Do Kwon se declarou inocente em um tribunal de Nova York na quinta-feira (2) das acusações criminais dos EUA sobre o colapso do ecossistema de criptomoedas Terra (LUNA) em 2022, após sua extradição de Montenegro no início desta semana.
As autoridades federais acusaram o empresário de tecnologia de 33 anos de idade de nove crimes, incluindo fraude de valores mobiliários, fraude eletrônica, fraude de commodities e conspiração para cometer lavagem de dinheiro. Na quinta-feira, ele concordou em permanecer detido sem fiança perante o juiz federal Robert Lehrburger, informou a Inner City Press.
Kwon fundou a Terraform Labs, empresa por trás de um ecossistema cripto que já teve tamanho considerável, com aplicativos criados em torno do token LUNA e da stablecoin algorítmica TerraUSD (UST). O projeto era popular entre os investidores e cresceu rapidamente para se tornar a segunda maior blockchain no setor, depois do Ethereum, no início de 2022.
Sua criptomoeda nativa, LUNA, estava em seu auge como um dos principais ativos digitais por capitalização de mercado. Kwon ganhou muito dinheiro em pouco tempo, e até zombou de pessoas “pobres” no antigo Twitter.
O fim da LUNA
Mas o ecossistema Terra Luna entrou em colapso em maio de 2022, levando consigo US$ 40 bilhões do dinheiro dos investidores. A quebra levou a um mercado de baixa brutal, pois muitos projetos cripto com exposição ao projeto declararam falência posteriormente.
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O principal produto do projeto, a stablecoin UST, não conseguiu manter sua vinculação estável ao dólar, o que resultou no colapso de todo o ecossistema e na perda de quase todo o seu valor em questão de dias.
As autoridades dos EUA e da Coreia do Sul alegam agora que o empresário era um golpista que enganou investidores para que comprassem sua criptomoeda.
“Nos bastidores, os principais produtos da Terraform não funcionavam como Kwon anunciava e eram manipulados para criar a ilusão de um sistema financeiro funcional e descentralizado a fim de atrair investidores”, diz a acusação de quinta-feira.
Kwon foi preso em Montenegro no ano passado por supostamente tentar viajar com um passaporte falso. Seus advogados o mantiveram no país até terça-feira (31), quando ele foi finalmente extraditado para os Estados Unidos.
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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