O governo dos EUA autorizou a contratação de uma empresa de criptomoedas para custodiar bitcoin, ethereum, e outros ativos apreendidos pelas autoridades americanas, que até então ficavam sob a guarda do U.S. Marshals Service, órgão de polícia ligado ao Departamento de Justiça (DoJ). O documento com as informações do contrato foi publicado na quarta-feira (21) na página da Administração de Serviços Gerais (ASG).
O valor do contrato será de US$ 4,5 milhões e a gerenciadora dos fundos será a BitGo, empresa com sede em Palo Alto, na Califórnia, e uma das maiores do setor de custódia. Durante sua trajetória, conquistou vários investidores de peso, como Goldman Sachs e Galaxy Digital Ventures.
“O objetivo deste contrato é fornecer uma gama completa de serviços de gerenciamento e descarte de moeda virtual”, diz um trecho do documento.
A duração do contrato, contudo, não foi divulgada. Mas o documento lista uma série de obrigações da nova contratada, que além da custódia e do gerenciamento, terá que realizar contabilidade, descarte e ficar de olho nos hard forks que eventualmente venham a ocorrer. O U.S. Marshals descreve ainda a necessidade “descartar” mais de US$ 50 milhões em criptomoedas por ano.
Empresa se diz honrada
Nesta quinta-feira (22), no Twitter, a empresa comentou o ‘triunfo’: “Estamos honrados por termos sido escolhidos”, escreveu, acrescentando seu compromisso de garantir que os ativos digitais sejam gerenciados da maneira mais segura possível.
Em uma entrevista recente, segundo o Bloomberg, Pete Najarian, diretor de receita da BitGo, disse o seguinte: “Trabalhamos duro todos os dias para gerenciar o que acreditamos ser o ambiente mais seguro para manter ativos digitais. Estamos entusiasmados por trabalhar com uma agência tão importante como o US Marshals Service”.
Processo foi aberto há 1 ano
A contratação da BitGo é o desfecho de um processo que começou há cerca de uma década, ou seja, pelo menos desde meados de abril do ano passado, o U.S. Marshals Service sente a falta de uma equipe especializada para guardar sem segurança os ativos apreendidos de criminosos.
Vale lembrar que a agência vem leiloando bitcoins e outros ativos apreendidos desde desde 2014, quando o investidor americano Tim Draper arrematou 30 mil BTCs. Na época, a unidade da criptomoeda era cotada a US$ 650.