Desafio do Ethereum é criar interoperabilidade entre segundas camadas, afirmam especialistas

Integrar as dezenas de redes de segunda camada é o próximo grande passo, tanto para programadores quanto usuários finais
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Painel no Ethereum Rio 2024: Rony Szuster, Jaime Varela e Bruno Maia (Foto: Fernando Martines/Portal do Bitrcoin)

O ecossistema do Ethereum ganhou uma nova vida quando passaram a surgir redes de segunda camada (L2), que aumentaram de forma exponencial a escalabilidade, os casos de uso, a liquidez e a redução de taxas de uso da blockchain. O desafio de como conectar todos esses agentes foi o tema do painel “O estado das redes EVM: modularidade, L2s e liquidez”, realizado nesta terça-feira (14) no Ethereum Rio.

Rony Szuster, analista de Research do MB, lembrou que já existem mais de 50 redes de segunda camada e que o grande desafio agora é criar uma interoperabilidade entre todas elas. “Tenho um empréstimo na Arbitrum e quero usar os fundos na Base, ou quero lançar um contrato na ZkSync. Como podemos integrar todas essas redes por um preço que seja razoável?”, questionou o especialista.

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A resposta dos dois colegas de painel teve como foco resolver primeiro como as aplicações são criadas e focar nos programadores. Jaime Varela, executivo da ChainSafe, foi enfático: “O meio de atingir esse objetivo é ter a capacidade de fazer com que os programadores façam um só código. Se ele sabe programar em Javascript, ele não vai precisar aprender Solidity para fazer algo que já fez em outra linguagem”.

Bruno Maia, chefe de desenvolvimento da Cartesi, afirma que sua companhia tem justamente o foco de infraestrutura para reduzir fricções entre os programadores. “O objetivo final é o usuário não saber que está usando uma tecnologia blockchain. Poorque ele deveria saber? Ninguém usa o Instagram pensando em qual tecnologia ele usa para rodar seu sistema”, apontou.

Saindo do campo teórico, Maia ressaltou que uma solução interessante é a Agreggation Layer da Polygon, lançada no começo do ano com o objetivo de fazer com que as diferentes redes de segunda camada se comuniquem de forma direta entre si e como a blockchain do Ethereum.

“É uma tecnologia que permite que diferentes redes de segunda camada se comuniquem e escalem, enquanto mantém as propriedades fundamentais de confiança e segurança da primeira camada [do Ethereum]. Isso mistura esses dois elementos: a liquidez da segunda camada e a segurança da primeira”, disse Maia.