O custo de uma transação pelo PIX, o novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, será de R$ 0,01 a cada 10 transações. O valor foi descrito em uma instrução normativa publicada no dia 3 de agosto, que descreve a tabela de serviços e valores do Sistema de Informações do Banco Central (Sisbacen).
Os valores mostram o preço do serviço financeiro para a plataforma de pagamentos do Bacen, que será embutido nos custos das empresas que usarem os serviços.
“Eles representam parte dos custos de qualquer provedor de pagamento instantâneo”, diz Edson Santos, advisor de empresas de pagamentos com mais de 20 anos de experiência no setor.
Porém, este não é necessariamente o preço que chegará ao consumidor final, mas sim o custo que as empresas conectadas diretamente ao PIX, como os bancos, vão pagar ao Bacen.
Isso porque as empresas também têm custos de tecnologia envolvidos na operação, o que pode encarecer a tarifa final. Além disso, há também os participantes indiretos que usarão o sistema por meio de algum parceiro — o que gera mais uma camada de custos.
No total, 980 empresas já estão conectadas ao PIX — grandes bancos e as principais fintechs de crédito e de pagamentos a cooperativas de crédito e companhias varejistas. Somente 37 tiveram os pedidos negados.
No início do ano, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o sistema era uma resposta ao aumento da popularidade do bitcoin e outras criptomoedas.
“Este é um dos projetos mais importantes que temos neste ano. O mundo demanda um instrumento de pagamento que seja barato, rápido, transparente e seguro. Se pensarmos em termos de bitcoin e criptomoedas, elas nascem destas necessidades, destas características. E o PIX é a nossa resposta a este sistema”, disse Campos Neto na ocasião.
Fim do TED e DOC
Mesmo assim, a promessa é que os valores acabem ficando muito mais baixos. O sistema usado no momento — o TED e o DOC — são caros, variando entre R$ 8 a R$ 20 por transação. O Banco do Brasil, por exemplo, chega a cobrar R$ 21,95 dependendo da circunstância.
Além das duas operações clássicas, também deverão sangrar com a digitalização dos meios de pagamento: os cartões de plástico — para operações de crédito e de débito — e até mesmo o dinheiro físico.