Instituições de ensino estão acrescentando novas tecnologias nos cursos de finanças. Dentre elas, a tecnologia Blockchain e as Criptomoedas.
Em São Paulo, os cursos que têm foco na preparação de profissionais para o mercado financeiro estão passando por mudanças intensas, apontou o Estadão em publicação nesta terça-feira (10).
O mercado criptoeconômico ainda é muito novo para ser totalmente compreendido e somado à grade curricular de instituições de ensino.
Porém, quem o estuda e o absorve está um passo à frente dos demais, haja vista a quantidade de entusiastas de criptomoedas existentes no mundo inteiro.
Alguns departamentos de Economia hoje podem causar um estranhamento ao serem observados por um aspirante a economista devido às novas tecnologias, como Criptomoedas e Big Data serem inseridas como disciplinas.
A ideia das escolas de negócios é simular situações que os alunos encontram na vida profissional. Segundo apontou o Estadão, em alguns cursos o ensino de linguagens de programação já começa no primeiro semestre, e é cobrado ao longo da graduação em disciplinas da área de Finanças.
“A interação com ferramentas de programação é um elemento que, até recentemente, não estava no escopo dos profissionais de negócio. A escola de negócios tem de se reconhecer cada vez mais como um hub que conecta mercado, investidores, instituições relevantes, alunos, e a comunidade estendida da escola”, disse o coordenador do curso de Economia do Ibmec, Rodrigo Ferreira, ao Estadão.
Universidades e Cursos nos EUA e no Brasil
A tecnologia Blockchain tem feito com que instituições de ensino americanas invistam em novos cursos voltados ao conhecimento de criptomoedas.
Universidades como a de Stanford, já lançaram cursos de Bitcoin e criptomoedas há mais de dois anos. Enquanto a Universidade da Califórnia – Berkeley e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts oferecem cursos similares sobre o assunto.
No Brasil poucas instituições estão se ‘modernizando’, mas já há algumas ações em andamento.
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) ofereceu um curso gratuito “Introdução a Criptomoedas” em maio deste ano na Faculdade de Economia da instituição.
“Tradicionalmente a faculdade de Economia foi um pouco fechada em todos esses anos de Bitcoin. Os economistas têm estudado pouco o assunto, que até então estava restrito mais à faculdade de ciência da computação”, disse, na ocasião, o professor Lucas Costa.
Em março deste ano, alunos do instituto de ensino superior Insper anunciaram a criação da primeira entidade estudantil para estudo de blockchain do Brasil. A intenção é criar um espaço na qual áreas distintas de conhecimento “conversem” entre si e se complementem.
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