Imagem da matéria: "Criptomoedas não cumprem as funções da moeda”, diz presidente da Federação dos Bancos
Presidente da Febraban, Murilo Portugal, durante evento do Fórum Econômico Mundial (Foto Robert Giroux/IMF)

“As criptomoedas não cumprem nenhuma das funções clássicas da moeda”, disse o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, durante um debate na Fundação FHC na sexta-feira (20).

O debate, intitulado ‘Impacto da Revolução Digital no Sistema Financeiro’, tratou sobre os impactos de novas tecnologias nos serviços financeiros. Dentre os tópicos, as fintechs, Big Data, Blockchain e Inteligência Artificial.

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Segundo Portugal, as criptomoedas não cumprem nenhum dos três princípios fundamentais da moeda fiduciária, que são unidade de conta, meio de troca e reserva de valor.

“Na verdade elas são chamadas moedas mas não são moedas, por isso que é criptomoeda. Elas não cumprem nenhuma das funções clássicas da moeda, que é servir de uma unidade conta, onde as pessoas possam expressar preços. Não cumprem a função de meio de pagamento nem de ser uma reserva de valor porque a volatilidade é muito grande”, disse.

O presidente da Febraban comentou sobre a revolução digital num todo, que segundo ele, “está transformando setores econômicos de uma forma radical”. Detalhou também sobre a evolução na concessão de crédito, pagamentos e seguros.

Essa revolução é uma combinação de novas tecnologias das áreas de computação e comunicação que está gerando uma onda de inovações.

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De acordo com o presidente, o dinheiro e a informação estão se tornando equivalentes. Desta forma, acredita, os dados e a informação vão acabar sendo regulados da mesma maneira que o dinheiro.

“É uma experiência que eu acho que a gente já vê acontecendo”, disse.

Febraban diz que brasileiro já é digital

Segundo o presidente da Febraban, o brasileiro já é digital, principalmente a geração jovem. “Eles estão em outro mundo, não no mundo em que a gente estava acostumado”, comentou.

Para enfatizar, Portugal falou sobre alguns números. Conforme detalhou, no Brasil o acesso à internet é de 56% e mais de 75% da população economicamente ativa tem um telefone celular.

Por isso, segundo ele, o atual momento requer simplicidade, praticidade, velocidade e segurança nas transações.

“Nós estamos numa transição financeira muito rápida”, ressaltou.

Murilo Portugal tem sólida carreira construída na área econômica do setor público e em organismos internacionais.

Formado em Direito pela UFF (RJ) e com diploma em Desenvolvimento Econômico pela Universidade de Cambridge (Reino Unido), ele passou por vários cargos públicos no Brasil — Casa Civil e Tesouro Nacional.

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Passou também pela direção executiva do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) até ocupar o cargo do posto número um da Federação dos Bancos do Brasil, em março de 2011.

Segundo a Folha, sua saída da Febraban está programada para o fim de março deste ano.


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