Imagem da matéria: Criador do ‘Favelado Investidor’ investe desde os 20, elogia bitcoin e passa longe das pirâmides
Murilo Duarte, criador do Favelado Investidor. Foto: Divulgação

O investidor Murilo Duarte é da periferia. Morador da favela do Jardim João XXIII, em São Paulo, há cerca de um ano criou o canal “Favelado Investidor” no YouTube. Seu objetivo era mostrar para as pessoas de baixa renda que é possível se educar financeiramente, investir e ganhar dinheiro.

Seu canal se transformou numa importante ferramenta para suas ações sociais, que é levar educação financeira a comunidades carentes.

Publicidade

Sua meta é ver os brasileiros pagando menos juros e recebendo mais dividendos, conforme conversou com o Portal do Bitcoin.

Da Favela para Bolsa

A ação de Murilo recebeu o nome “Da favela pra bolsa”. Na abertura de cada vídeo, a saudação #SALVEQUEBRADA; a linguagem, da “quebrada”.

E é através dela que Murilo ganhou 59,5 mil seguidores no Youtube; no Instagram já são 65 mil.

Em meio a termos como “salve”, “mano” e “foco nas nota”, o jovem fala sobre o mercado financeiro, comenta notícias, disponibiliza e-books e planilhas, além motivar seus seguidores a se livrarem das dívidas.

O jovem de 25 anos é formado em Contabilidade pela Universidade São Judas, mas aprendeu cedo que “não existe almoço grátis”: custeou 60% do curso. Desde 2015 ele passou a cuidar do seu futuro, investindo aos poucos no mercado de ações.

Não investe em bitcoin

Sobre o bitcoin, ele disse que conhece desde 2016, mas por enquanto não possui. “Nunca comprei. É um ativo que mais oscila, não há como garantir ganhos diários”, comentou Duarte.

Publicidade

No entanto, ele vê o mercado como promissor — o bitcoin e sua tecnologia. E acredita que o ativo pode ser uma reserva de valor.

“É uma boa opção, pois o que era considerado (reserva de valor) até o momento era o ouro, por ser escasso. E o bitcoin funciona da mesma maneira, tem limite de ‘criação’ da moeda . Acredito que esse mercado tende a crescer, já que é benéfico para toda população mundial”.

Sobre os recentes casos de pirâmides financeiras no Brasil, Duarte há tempos possui um conceito formado sobre essas empresas: “Usavam o bitcoin como investimento e pegavam o dinheiro das pessoas”.

Ele contou que propostas não faltaram, principalmente para investir na DD Corporation e Unick Forex. Mas o jovem, além de ter aprendido que não existe dinheiro fácil, tinha algumas armas para mostrar.

Publicidade

“Nunca caí, sempre busco pesquisar sobre corretoras e exchanges”, disse.

Investe desde os 20 anos

Murilo Duarte começou a investir aos 20 anos depois que leu seu primeiro livro sobre finanças, “Tesouro Direto — A Nova Poupança”, de Marcos Silvestre.

“Desde então comecei a estudar até fazer a primeira aplicação”, revelou. O primeiro investimento, contou, foi no Tesouro Direto. Hoje ele compra ações de grandes empresas, como Itaúsa e Trisul.

“Investi R$ 100 no Tesouro Selic. Lembro que foi um passo decisivo, até porque nunca tinha feito isso e estava na metade do livro, tive a coragem e investi”, acrescentou.

O primeiro passo já havia sido dado. Agora ele queria mais. Segundo Murilo, ele começou a se interessar em outras áreas. Leu então outro livro, “Geração de Valor”, de Flávio Augusto.

“Durante minhas leituras eu vi que era possível prosperar e decidi aplicar isso no mercado financeiro. Com cálculos e projeções, vi que era possível ser rico, investindo pouco, pensando no longo prazo”, explicou.

Publicidade

Da João XXIII à Big four 

Murilo também se orgulha de ter trabalhado numa “big four”. Em 2017 ele foi contratado pela KPMG, que com as gigantes EY, PwC e Deloitte formam o grupo das maiores empresas de auditoria e consultoria do mundo.

O contrato era temporário para trabalhar como Auxiliar de Auditoria. No entanto, ele teria que mostrar resultados para se firmar na empresa e então depois tentar uma vaga para trainee.

Conforme relatou à reportagem, ele foi além. Por conta de suas boas performances foi direto para o cargo de Assistente e alcançou nível sênior.

“Em dois anos de empresa era para eu estar no segundo cargo, mas já estava no quarto”, disse. “Me esforcei muito; aprendia todo dia”, acrecentou.

Desafio do Favelado Investidor

Em julho do ano passado, Murilo lançou seu próprio desafio. Começando do zero, ele pretende chegar aos R$ 100 mil fazendo pequenos aportes “dentro da realidade da quebrada”.

De acordo com a série de vídeos “Do zero aos R$ 100 mil”, o desafio já está no oitavo capítulo. Contando com sua reserva de emergência, Murilo já tem R$ 9.000.

Publicidade

Projeto social

Além do trabalho online que faz nas redes sociais com o parceiro Vinicius Silva, o jovem dá palestras gratuitas de educação financeira nas comunidades.

“Geralmente as diretorias das escolas gostam da ideia e veem a importância disso no dia a dia das pessoas”, comentou.

Conforme ressaltou, seu foco é ensinar pessoas de baixa renda a quitar dívidas, organizar-se financeiramente e depois começar a investir.

Quer que o brasileiro viva melhor

A reportagem lhe perguntou sobre as ações, se havia uma meta, se era um sonho. Segundo ele, a ausência de educação financeira é no “Brasil todo, não só nas favelas”.

“Conheci pessoas que têm dívida de R$ 2 milhões; outros têm R$ 500 mil e não sabem o que fazer, onde aplicar. Outros ainda não conseguem se organizar financeiramente, parece que 99% da população carece desse conhecimento. E quero que o brasileiro viva melhor financeiramente”, relatou.

E concluiu:

“Hoje temos 210 milhões de habitantes, 65 milhões são endividados, apenas 1,8 milhão investe na bolsa e 1,2 investe em Tesouro. Meu objetivo é fazer com que todos tenham educação financeira, apliquem no dia a dia”.


BitcoinTrade: Depósitos aprovados em minutos!

Cadastre-se agora! Eleita a melhor corretora do Brasil. Segurança, Liquidez e Agilidade. Não perca mais tempo, complete seu cadastro em menos de 5 minutos! Acesse: bitcointrade.com.br

VOCÊ PODE GOSTAR
Logotipo do token CorgiAI

Mercado Bitcoin lista token CorgiAI

O ativo é ligado a projeto que usa utiliza inteligência artificial para criar uma comunidade de entusiastas no ecossistema cripto
Pai Rico Pai Pobre Robert Kiyosaki posa para foto

Autor de “Pai Rico, Pai Pobre” explica por que não vai comprar ETF de Bitcoin

Robert Kiyosaki defende há anos Bitcoin, ouro e prata como as maiores reservas de valor
Rafael Rodrigo , dono da, One Club, dando palestra

Clientes acusam empresa que operava opções binárias na Quotex de dar calote milionário; dono nega

Processos judiciais tentam bloquear R$ 700 mil ligados à One Club, empresa de Rafael Rodrigo
Glaidson Acácio dos Santos, o "Faraó do Bitcoin"

Livro sobre a ascensão e a queda do “Faraó do Bitcoin” chega às livrarias em maio

Os jornalistas Chico Otávio e Isabela Palmeira contam sobre o golpe de R$ 38 bilhões do Faraó do Bitcoin que usou criptomoedas como isca