Imagem da matéria: Criador do "Cala Boca Galvão" cria NFT do vídeo viral
Exemplar de Galvão bird (Foto: Reprodução/Youtube)

O músico Fernando Motolese, que também trabalha como desenvolvedor e produtor audiovisual em São Paulo, colocou à venda em NFT a propriedade do vídeo ‘Cala Boca Galvão — Save Galvao Birds Campaign’, publicado em seu canal no Youtube há mais de dez anos. Na época, a fake news sobre o pássaro fictício ‘galvão’ ficou por vários dias no trending topics no Twitter e recebeu destaque em jornais do Brasil e do mundo, incluindo o The New York Times.

“Ajude-nos a salvar os pássaros Galvão”, diz a premissa da peça, que foi produzida por Motolese após o meme ‘Cala Boca Galvão’ tomar conta das redes sociais durante a Copa do Mundo da África do Sul em 2010 — em referência ao narrador da Rede Globo Galvão Bueno.

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A propriedade do vídeo está sendo oferecida por ethereum (ETH) na plataforma Rarible e já conta com uma oferta de cerca de US$ 200. Em resumo, o futuro dono do NFT vai poder solicitar ao dono do vídeo, Motolese, que execute o que ele definir que seja executado na peça.

Na tarde de quarta-feira (07), o artista contou ao Portal do Bitcoin mais detalhes da iniciativa que também visa repassar parte do valor final da venda a novos artistas entrantes no mundo NFT.

“Basicamente, o NFT é uma uma versão autografada desse arquivo; nada mais. Nesse caso, eu estendo uma camada ao mundo real, onde eu pessoalmente como artista me comprometo a executar a ordem do portador do token a fazer aquilo que ele desejar com esse vídeo, ou seja, ele pode mutar, deletar ou borrar o vídeo e até mesmo alterar sua descrição e colocar o nome dele lá ”, disse Motoloese, ressaltando que trata-se do primeiro vídeo que ele postou no Youtube. “Então eu achei muito importante, como artista, e como um item histórico”, acrecentou.

Motolese disse que já varreu toda a internet procurando por cópias do vídeo e viu que a única peça existente é seu vídeo original. “Então pelo Content ID do Youtube, eu posso garantir que não exista nenhuma outra cópia de vídeo na internet”, disse ele à reportagem. Ele ressaltou que o vídeo “é raro por ele ser uma fake news — que se hoje eu fizesse esse vídeo eu poderia ser preso, processado… Então é uma coisa que nunca mais vai acontecer”, completou.

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“Eu não criei o ‘Cala Boca Galvão’”

O vídeo de Motolese hoje possui mais de 2,5 milhões de visualizações no Youtube, quase quatro vezes a mais que em 2010, quando bateu 700 mil acessos. Segundo ele, era muita coisa para a época. Ele revelou também que o vídeo nunca monetizou e nem teve direitos autorais.

“Eu não criei o ‘Cala Boca Galvão. Eu criei o vídeo da ‘Save Galvao Birds Campaign’, que foi um apanhado de várias histórias que estavam rolando na internet e que dois dias depois que o meme começou a ser dito no Twitter eu escrevi esse roteiro. 32 horas depois o vídeo estava no ar e no primeiro dia teve 700 mil acessos; em 2010 eram muitos acessos”, explicou.

Espaço para artistas NFT

Ele acrescentou que quando criou o NFT, criou um (contrato) ERC-721, que na verdade é uma galeria. “Eu pretendo fazer que os criadores de peças do ‘Cala Boca Galvão’ venham me procurar para que eles possam colocar suas peças”, disse. Essas peças, explicou, são os cartazes que foram criados, os tuítes principais das primeiras pessoas que tuitaram, matérias na televisão e tudo mais, para que tudo que for do meme possa ser tokenizado dentro dessa galeria.

Motolese disse também que a partir da venda do NFT, ele pretende ajudar outros artistas brasileiros a fazer um ‘on board’ na comunidade NFT. “Então eu quero voltar parte dos recursos dessa venda para auxiliar artistas brasileiros a fazer seus primeiros mints.

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