O grupo de credores da FTX divulgou na segunda-feira (26) um novo relatório mostrando como a corretora de criptomoedas utilizou de forma indevida o dinheiro dos clientes. Um dos pontos que chamam atenção é a compra de imóveis: foram 35 nas Bahamas, quase todos na casa do milhão de dólares.
Foram US$ 243 milhões (R$ 1,1 bilhão) gastos em casas para família, amigos e funcionários de Sam Bankman-Fried (SBF), fundador da exchange. As informações são do portal The Block.
O mais barato é um prédio comercial que custou US$ 875 mil, e o mais caro é uma mansão pela qual SBF desembolsou US$ 16,4 milhões.
Entre os imóveis está o agora famoso apartamento no condomínio Albany, uma mansão luxuosa de seis suítes onde SBF morava com outros líderes da FTX: Caroline Ellison, Nishad Singh e Gary Wang.
SBF gastou mais de US$ 18 milhões em unidades no condomínio Albany. Embora não fique especificado qual imóvel ele comprou, é possível ter uma ideia de como são essas casas por meio de fotos de uma unidade do mesmo local que está à venda.
Veja abaixo a lista de imóveis e os valores gastos por SBF em cada um deles:
Dívida de US$ 8,7 bilhões com clientes
Neste novo relatório investigativo, a nova administração da FTX conta em detalhes sobre o uso indevido de fundos da empresa e depósitos de clientes antes do colapso da exchange cripto.
“A imagem que a FTX Group procurou retratar como líder focada no cliente da era digital era uma miragem”, disse o CEO e diretor de reestruturação, John J. Ray III, em comunicado. “Desde o início da exchange FTX.com, a FTX Group misturou depósitos de clientes e fundos corporativos e os utilizou de forma inadequada sem restrições e sob a direção e intenção de executivos seniores anteriores.”
A corretora cripto, que pediu recuperação judicial em novembro passado, devia aos clientes cerca de US$ 8,7 bilhões na ocasião, de acordo com o relatório.
O novo documento traz detalhes impressionantes sobre as supostas fraudes praticadas pela FTX, fundada por Sam Bankman-Fried (SBF), atualmente em prisão domiciliar nos EUA, com previsão de julgamento em outubro.
De acordo com a equipe encarregada do processo de recuperação judicial, ao contrário do afirmado por Bankman-Fried anteriormente, o ex-CEO da FTX e um advogado sênior da corretora mentiram para bancos e auditores, forneceram documentos falsos e transferiam as operações da plataforma para outros países – de Hong Kong para as Bahamas, por exemplo – com o intuito de esconder as supostas mentiras e fraudes.
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