Os venezuelanos não contam mais com os serviços da corretora de criptomoedas Criptolago, que encerrou suas operações há poucos dias, depois de quatro anos de operações na Venezuela. O motivo do encerramento ainda é obscuro e rumores de motivação política rodeiam o assunto.
O que se sabe no momento é que, no fim de julho a equipe de suporte da Criptolago avisou por email seus clientes sobre o encerramento das atividades, agendado para o dia 17 deste mês, pedindo a eles que retirassem seus fundos. A Criptolago atuava de forma regular no país, inclusive dando suporte à criptomoeda criada pelo governo, a Petro, cujo objetivo era contornar sanções internacioanis.
Segundo informações do site Criptonotícias, a Criptolago era uma empresa ligada ao governo de Zúlia, o estado mais populoso da Venezuela. O fechamento repentino do escritório físico, do site da corretora — cujo domínio inclusive já foi posto à venda — e o sumiço das redes sociais, reforçam as dúvidas do que pode ter acontecido.
No twitter, a conta Petro Divisa, que possui 115 mil seguidores, cujo perfil é noticiar sobre as criptomoedas, apenas deu a notícia e não respondeu aos questionamento dos usuários.
Um ponto observado pela reportagem do Criptonotícias foi a relação do ex-governador de Zúlia com a Criptolago. Segundo o site, Omar Prieto chegou a ser presidente da corretora, o que teria ajudado o governo a contornar as sanções dos EUA.
Outro ponto a ser observado é que Prieto não é mais governador de Zúlia, pois perdeu a última eleição, em novembro passado, para o opositor do governo Manuel Rosales.
Como a Criptolago é uma empresa ligada ao governo, “parece que os seus representantes não quiseram entregá-la à nova administração”, comenta o site, citando informações de pessoas a par do assunto que pediram para não serem identificadas.
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