A Coreia do Sul tem um novo presidente: o ex-promotor público e pró-cripto Yoon Suk-Yeol, eleito na quinta-feira (09). Sua vitória traz ao mercado de criptomoedas do país uma expectativa de renovação e de oportunidades, por conta das promessas feitas por ele em campanha.
Para se ter uma ideia, o token do país, ICX da ICON, disparou 70% após o resultado das eleições, saltando da faixa dos US$ 0,60 para a casa de US$ 1, corrigindo depois para US$ 0,90, seu preço nesta manhã de quinta.
A eleição coreana foi uma das mais acirradas da história do país, de acordo com os números divulgados pela Associated Press. Yoon passou por pouca vantagem sobre seu oponente Lee Jae-myung, do Partido Liberal — 48,6% contra 47,8%.
Segundo o Coindesk, Lee também prometeu mudanças no setor cripto durante seus discursos de campanha, focando mais nos jogos do metaverso e NFTs. Yoon, falou do desejo de atrair e desenvolver “unicórnios” de criptomoedas — empresas iniciantes avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais —, além de eliminar impostos para os menores investidores.
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Mercado cripto na Coreia do Sul
O mercado de criptomoedas na Coreia do Sul ganha força principalmente dos mais jovens que procuram o meio de investimento para equilibrar seus salários defasados. Nas três principais exchanges que operam no país existem mais de cinco milhões de contas individuais de criptomoedas, o que representa quase 10% da população, comenta o Coindesk.
Enquanto isso, existem pelo menos 14 projetos de lei relacionados a criptomoedas atualmente circulando no parlamento sul-coreano. A falta de clareza desde que emergiu o setor no país frustrou muitos players, que inclusive encerraram suas atividades por temerem processo do atual governo, como a Binance Korea.
O presidente Moon Jae-in reprimiu o setor a ponto das restrições regulatórias fecharem dezenas de corretoras no ano passado. Do outro lado está a UpBit, maior do setor no país, que ocupa sozinha mais de 80% do mercado. A empresa também foi a primeira a obter a licença de compliance do governo.
Sobre o token ICX, o ativo foi chamado em alguns momentos de “Ethereum da Coreia do Sul” e tem um objetivo de promover uma “hiperconexão no mundo”. Isso porque a iniciativa ICON — uma Organização Autônoma Descentralizada (DAO) — focou no protocolo a interoperabilidade entre blockchains. Por trás da ICON está o emrpesário e banqueiro Mim Kim.