Controlador da falida Mt. Gox anuncia plataforma para vítimas do hack de 850 mil bitcoins

Cerca de US$ 6 bilhões foram recuperados
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Foto: Shutterstock

O auditor responsável pela recuperação da Mt. Gox, Nobuaki Kobayashi, anunciou uma nova plataforma que foi criada dentro do programa de reabilitação para facilitar o reembolso dos credores. O aviso foi feito na quinta-feira (07) no site antigo da exchange, falida em 2014 após sofrer um hack de 850.000 bitcoins.

No comunicado, Kobayashi pede para que credores se registrem no sistema cujo objetivo é acolher as vítimas que não conseguiram fazer login na antiga plataforma. Além disso, explicou, o sistema poderá ser usado para liquidar os processos judiciais em andamento, principalmente aqueles que estão em fase final.

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“O administrador está considerando usar o sistema para facilitar a execução tranquila de processos futuros, como votar no plano de reabilitação e fazer pagamentos”, disse Kobayashi.

Recuperação da Mt. Gox

O plano de recuperação da Mt.Gox começou logo após o hack de 2014 quando a empresa entrou com um pedido de proteção contra falência junto aos órgãos reguladores do Japão. Durante o processo várias etapas foram cumpridas. Em 15 de dezembro passado, Kobayashi finalmente o apresentou à Justiça de Tóquio.

“Os deixarei informados”, disse o auditor em nota no site oficial.

Logo, só falta a Justiça bater o martelo para o administrador poder começar a pagar às vítimas. Para isso, o auditor já tem em mãos cerca de US$ 6 bilhões recuperados durante todo o processo.

Hack, falência e vítimas

Na época do hack, a Mt. Gox era responsável por 70% das transações em bitcoin em todo o mundo, quando várias criptomoedas foram retiradas da plataforma indevidamente e os culpados nunca foram encontrados. A bolsa faliu e muitas pessoas perderam muito dinheiro. Seu administrador na época era Mark Karpeles, que se declarou não culpado.

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Posteriormente, os credores entraram em um processo de anos em uma tentativa de recuperar seus fundos presos, visando os valores remanescentes. Desde então, corre o processo de restituição a fim de liquidar os criptoativos de milhares de usuários que aguardam indenização.