Comunidade brasileira de bitcoin ajuda atleta paraolímpica em vaquinha virtual

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Fabiana em treino no Tênis Clube de Campinas em 2008. (Foto: Wikipedia)

A atleta brasileira de natação paraolímpica, a bicampeã Fabiana Harumi Sugimori, vai realizar seu desejo de ter uma linha Braille, um dispositivo específico para deficientes visuais. O dinheiro foi arrecadado por meio do site Vakinha e o valor que faltava foi completado com doações em bitcoin.

Fabiana criou a ação no dia 18 de junho e a plataforma já havia arrecadado R$ 7 mil. Foi então que apareceram os doadores da comunidade de criptomoedas e completaram o valor desejado, que era de R$ 21 mil. 

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Em um texto, compartilhado em redes sociais, Fabiana anunciava que havia criado a vaquinha virtual para realizar o sonho de adquirir uma linha Braille.

Ela contou que foi alfabetizada aprendendo o método Braille, mas que sempre teve dificuldades para adquirir livros no formato. “Sinto falta de poder ler. Ler é diferente de ouvir”, escreveu.

Fabiana também argumentou que com esse equipamento em mãos ela poderá participar de cursos, palestras e reuniões com o material digitalizado que o equipamento produz.

Ela explicou:

“Para quem não conhece, a linha Braille é um Hardware de tecnologia assistiva que, quando conectada via USB ou bluetooth no computador ou celular, permite que seja transmitido simultaneamente em Braille o que está escrito na tela dos mesmos”.

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Doadores completam com bitcoin

O valor da meta da vaquinha virtual foi completado por duas doações: uma de 0.3495 BTC e outra de 0.0135562 BTC

Os satoshis foram depositadas em uma conta de Fabiana na corretora Walltime, que vai isentá-la das taxas.

Fabiana disse que já conhece o bitcoin, mas acha um pouco complicado para mexer e um amigo vai ajudá-la a realizar as transações. Segundo contou ao Portal do Bitcoin, assim que juntar os valores das duas doações ela vai comprar o equipamento.

Amigas incentivaram a vaquinha

“A vaquinha foi ideia de umas amigas do trabalho e eu abracei a ideia, achei bacana”, disse ela à reportagem.

E contou como se sente:

“Com certeza eu estou muito feliz. Realmente esses equipamentos para deficientes visuais sempre foram muito caros e esse equipamento vai ser muito útil, como eu disse alí na vaquinha, eu sinto muita falta de ler”.

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QBraille XL, linha Braille desenvolvida pela HIMS. Imagem: Reprocução/Tecnovisão

Medalhas de ouro e recorde mundial

Fabiana, formada em Relações Públicas, foi nadadora profissional pelo Tênis Clube de Campinas, sua cidade natal, até o fim de 2008.

Ela competiu na categoria S11 — deficiência visual —  e conquistou duas medalhas de ouro e uma de bronze nas Paraolimpíadas, entre 2000 e 2008, nos 50 metros livres — nos jogos de Atenas (2004), Fabiana bateu o recorde mundial.

A atleta campineira, cujo treinador era o próprio irmão, Marcelo Sugimori, tem uma história de grande sucesso. Além das medalhas paraolímpicas, Fabiana ganhou vários campeonatos de natação, sendo 14 medalhas de ouro, 1 de prata e 2 de bronze num período de três anos (1999 e 2002).


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