Ilustração de uma urna eletrônica-ao fundo texto Eleições 2022
Foto: Shutterstock

As eleições presidenciais de 2022, que têm Lula e Bolsonaro como protagonistas, podem apontar rumos ao mercado de criptomoedas no Brasil. Mais do que eventuais oscilações nos preços dos ativos, o pleito tende a impactar a regulação e, por consequência, a atuação de empresas, bem como a entrada de novos investidores.

O presidente Jair Bolsonaro determinou ao ministro da Economia, Paulo Guedes, a tarefa de avaliar as mudanças no mercado de criptomoedas. Em entrevista a um podcast de grande alcance, Guedes abordou o tema de maneira mais prolongada na semana que antecedeu a votação, deixando transparecer que o ecossistema precisa de mais estrutura e supervisão — o que indica alguma adesão à regulação das criptomoedas.

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Guedes deixou transparecer que o ecossistema precisa de mais estrutura e supervisão, o que indica alguma adesão do atual ministro à regulação das criptomoedas, que tem projeto já bem encaminhado no Senado e que, sendo aprovado, passará às mãos do Executivo para sanção.

Um novo mandato não deve causar impacto negativo nos investimentos em criptomoedas. Também não é esperado que haja mudanças radicais na proposta de regulação do mercado.

Meirelles e Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu sinais de que pretende ter a seu lado figuras do mercado financeiro simpáticas aos criptoativos, como Henrique Meirelles, que foi presidente do Banco Central em gestões anteriores de Lula. Meirelles ingressou recentemente, como conselheiro, em uma grande empresa do mundo cripto.

Nesse novo cenário, o papel do Banco Central será fundamental, já que a instituição provavelmente terá a responsabilidade de supervisionar o sistema. Porém, mais que um órgão de controle, o Bacen deverá ser um fomentador da inovação para que o Brasil possa ser referência mundial no mercado cripto, assim como é no mercado financeiro de maneira geral.

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Levando em conta esses fatos, é possível dizer que o caminho que se apresenta para as criptomoedas no período pós-eleitoral é positivo. A regulação do mercado deve, de fato, acontecer no próximo mandato a partir do texto que em aprovação no Congresso, com todos os tópicos mais relevantes já contemplados. Inclusive, sobre a definição referente ao que as empresas do setor devem atender para dar segurança ao mercado, sob pena de serem excluídas do ecossistema.

Caberá ao próximo governo aprovar, divulgar e regulamentar o que já está previamente aprovado. E, então, criar um terreno base para empresas e investidores operacionais.

A ação do próximo governo será decisiva para dar maturidade ao mercado de criptomoedas no país para que mais empresas e investidores privados se sintam seguros para entrar nesse mundo, o que certamente aumentará o número de pessoas e companhias dentro do sistema, e a valorização dos ativos de maneira geral para quem já está operando.

Sobre a autora

Isabela Rossa é country manager da Coin Cloud no Brasil

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