Como a fortuna em XRP de um bilionário ficou travada após sua morte

Matthew Mellon entrou para a lista da Forbes por ter transformado em US$ 2 milhões em US$ 1 bilhão investindo na Ripple
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Matthew Mellon tinha problemas com drogas (Foto: Arquivo Pessoal)

Há cerca de quatro anos, o bilionário nova-iorquino Matthew Mellon morreu aos 54 anos em sua última parada, em Cancún, no México, onde faria um tratamento de reabilitação contra o vício em um analgésico mais potente que morfina, chamado OxyContin.

Herdeiro do banco New York Mellon, das famílias Mellon e Drexel, o empresário entrou para a lista da Forbes por ter transformado em US$ 2 milhões em US$ 1 bilhão investindo na Ripple, em 2017, a 6ª criptomoeda mais valiosa do mercado atualmente.

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Após sua morte, que ocorreu de forma repentina em 16 de abril de 2018, a família de Mellon descobriu que a maior parte de sua fortuna estava alocada na criptomoeda, e em carteiras frias (offline) espalhadas pelo mundo.

Por conta disso, a herança do falecido ficou comprometida e incompleta, pois além de imóveis, carros, entre outros bens, havia uma fortuna inacessível.

Outros pontos que impactam o espólio, foi uma dívida milionária com vários credores que só poderia ser paga mediante a troca das criptomoedas por dólares. Seu testamento também estava desatualizado, assim como sua declaração de imposto de renda, atrasada havia vários anos.

Herança em XRP

Começava então a saga para a família, advogados e Justiça retomar o controle do espólio do falecido. Mas uma coisa abalava tanto a ‘força-tarefa’ quanto os credores, a oscilação da criptomoeda. Àquela altura, a Ripple já vinha perdendo preço na casa dos 30%. Quanto mais o tempo passava, mais risco de perder milhões de dólares; as dívidas exorbitantes também se revelavam a cada dia.

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Para se ter uma ideia, em janeiro de 2018, ano da morte de Matthew Mellon, o XRP chegou a valer US$ 3,50 por unidade, em janeiro de 2018; no dia em que faleceu, US$ 0,65. 

Acordo confidencial com Ripple

Um acordo com a Ripple, cujas partes assinaram um termo de confidencialidade, salvou parte do patrimônio, que foi liberando aos poucos os ativos de Mellon. Quando seus credores começaram a liquidar as dívidas, a moeda valia menos de US$ 0,20.

Atualmente não se sabe se os executores continuaram vendendo os XRPs restantes de Mellon. Especialistas consultados pelo site DailyDot, que publicou a história do empresário no último dia 23, disseram que a decisão de vender ou manter poderia ter um efeito na herança das três filhas de Mellon, atualmente com 9, 10 e 19 anos.

“Heroína legalizada”

As circunstâncias da morte do investidor são misteriosas. Matthew Mellon morreu após sofrer um ataque cardíaco depois de ter bebido ayahuasca, um chá com potencial alucinógeno, disse uma fonte ao Daily Mail.

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A namorada de Matthew, a modelo Kick Kennedy, o acompanhava no momento em que ele passou mal. Ela disse que tudo aconteceu muito rápido.

Quanto ao vício em OxyContin, Mellon reconheceu o problema depois de usar o analgésico quando se lesionou em um acidente de surfe. Ele chegava a gastar até US$ 100 mil por mês com a droga, que ele tachava de ‘heroína legalizada’.