Coinbase traz gerente de campanha de Trump para seu conselho consultivo

A Coinbase está trazendo nomes influentes da política e das finanças para fortalecer seus interesses durante a presidência de Trump
Bandeira com o logotipo da Coinbase se mov eao ar l ivre

Shutterstock

Quatro novos membros estão se juntando ao conselho consultivo da Coinbase para oferecer sua experiência nos setores financeiro e político, anunciou a exchange de criptomoedas na quarta-feira (29) — incluindo o co-gerente da mais recente campanha vitoriosa de Donald Trump.

William Dudley, ex-presidente do Federal Reserve Bank de Nova York, e Chris LaCivita, consultor político e co-gerente da campanha de Trump em 2024, estão se juntando ao conselho consultivo global da Coinbase, informou a empresa em um comunicado à imprensa.

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Kyrsten Sinema, ex-senadora democrata do Arizona — que já propôs eliminar impostos sobre transações de Bitcoin abaixo de US$ 50 — também integrará o conselho, segundo a Coinbase.

Além disso, Luis Alberto Moreno, diretor-gerente da Allen & Co. e membro do Conselho de Curadores do Fórum Econômico Mundial (WEF), completará o grupo.

O diretor de políticas da Coinbase, Faryar Shirzad, disse que os quatro novos membros representam “algumas das mentes mais brilhantes das finanças, tecnologia e política” e que ajudarão a orientar a Coinbase à medida que “o mundo entra em uma nova era para o setor cripto”.

Nova fase da Coinbase

Durante o governo Biden, a Coinbase enfrentou forte escrutínio da SEC, que acusou a principal exchange de criptomoedas dos EUA de violar as regras da agência em um processo que agora está paralisado. Com a SEC de Trump aparentemente adotando uma abordagem mais favorável ao setor e planejando trazer maior clareza regulatória, parece que a Coinbase está recrutando figuras influentes para impulsionar sua visão.

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“Acredito que chegamos a um momento crucial na evolução das criptomoedas”, disse Dudley, ex-dirigente do Fed, em um comunicado. “A Coinbase pode garantir que esteja integrada ao nosso sistema financeiro de forma segura e benéfica para os americanos.”

Em 2018, enquanto presidia o Fed de Nova York, Dudley alertou que a “mania especulativa em torno das criptomoedas” era perigosa devido à sua aparente falta de valor fundamental, segundo o Wall Street Journal.

Embora o Bitcoin tenha surgido de uma desconfiança no sistema financeiro tradicional — seu criador pseudônimo, Satoshi Nakamoto, incluiu uma mensagem sobre resgates bancários no primeiro bloco da criptomoeda — a Coinbase tem abraçado a ascensão do setor ao mainstream, colaborando com empresas que enxergam a blockchain como uma evolução natural dos mercados financeiros.

A Coinbase fechou sua primeira parceria com a BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, em 2022. Enquanto o CEO da BlackRock, Larry Fink, continua promovendo o Bitcoin, ele também tem falado extensivamente sobre os benefícios da tokenização de valores mobiliários.

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Após uma recente viagem a Davos, onde o WEF realiza sua reunião anual, o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, afirmou em uma postagem no X que a exchange trabalhará com líderes corporativos, desde bancos até gestoras de ativos, à medida que os investimentos em cripto ganham força.

“Precisamos das criptomoedas para modernizar todo o sistema financeiro global e levar esses benefícios a todos”, escreveu ele. “Eles precisam de um parceiro de nível institucional como a Coinbase, que constrói incansavelmente durante os invernos, para terem confiança ao entrar no setor cripto.”

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.