A maior corretora de criptomoedas dos EUA, Coinbase, pode valer US$ 77 bilhões caso as ações forem negociadas a US$ 300 cada. Isso porque é nesse preço aproximado que elas estão passando de mãos no mercado secundário, segundo informações dos bastidores da Nasdaq.
De acordo com o Coindesk, pessoas familiarizadas com o assunto disseram que na semana passada cada ação da Coinbase estava sendo negociada no mercado secundário acima dos US$ 303. Ainda sem uma data definida para a Oferta Pública Inicial, estima-se que a exchange deva oferecer 254 milhões de ações.
Com essa avaliação, a empresa poderia valer mais que a Intercontinental Exchange (ICE), dona da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).
“Na primeira semana estava a US$ 200 por ação; na segunda, US$ 301 e na terceira US$ 303. Então você pode ver os preços estão se revelando” disse ao site uma pessoa de dentro da exchange. Procurada para comentar os rumores, a Coinbase se absteve de responder.
O mercado privado da Coinbase está executando uma carteira de pedidos anônimos antes da listagem pública direta da empresa, uma data para a qual ainda é desconhecida, diz o site. A venda, explicou, permite que ex-funcionários e investidores tirem algum proveito quando as ações forem liberadas para negociação.
IPO da Coinbase
Tais expectativas, contudo, podem não se confirmar, visto que a avaliação do valor de uma empresa passa por todo um processo. No entanto, disse uma fonte ao site, a venda secundária de ações patrocinadas pela Coinbase nas últimas três semanas viu “quantias significativas” mudarem de mãos.
“Não é um punhado de ações sendo negociadas por US$ 300 cada. Cada semana são dezenas de milhões de dólares, uma quantia considerável”, acrescentou.
A Coinbase anunciou que estava preparando sua IPO ainda no fim de janeiro, quando revelou a intenção de se tornar uma empresa de capital aberto. Segundo informações na época, a corretora adiantou que seria feita uma proposta de listagem direta (direct listing) de suas ações ordinárias Classe A.
A Direct Listing é diferente do tradicional IPO, pois a empresa vende as ações diretamente ao público sem passar por intermediários. Vale lembrar que em dezembro de 2020, a corretora já havia feito um comunicado ao mercado — alguns meses depois de ter consultado bancos de investimento e escritórios de advocacia.