Cofundador da BitMEX se declara culpado por violação à Lei de Sigilo Bancário dos EUA

Samuel Reed é o terceiro cofundador da BitMEX a se declarar culpado por violar a Lei de Sigilo Bancário dos Estados Unidos
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Foto: Shutterstock

Samuel Reed, um dos três cofundadores da corretora BitMEX, incluindo Arthur Hayes e Benjamin Delo, declarou-se culpado de violar a Lei de Sigilo Bancário dos EUA. Agora, o executivo pode receber uma sentença que de até cinco anos de prisão.

“Samuel Reed agora se uniu a seus cofundadores Arthur Hayes e Benjamin Delo ao admitir que fizeram com que a BitMEX cometesse violações criminais de leis antilavagem de dinheiro que governam instituições financeiras que operam nos Estados Unidos”, disse o promotor Damien Williams.

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A notícia surge semanas após Hayes e Delo também terem se declarado culpados de violações à Lei de Sigilo Bancário.

“Como refletido pela declaração de culpa, esta Promotoria não irá permitir que corretoras de criptomoedas operem como um sistema financeiro e fantasma que permite que atores criminosos movimentem proventos ilícitos sem serem detidos e vai investigar e condenar veemente operadores de tais corretoras que deliberadamente infringem a lei americana”, disse Williams.

Repressão contínua à BitMEX

Esse acontecimento surge após um comunicado de imprensa publicado pelo Departamento de Justiça (ou DOJ, na sigla em inglês), afirmando que Hayes e Delo deliberadamente falharam em “estabelecer e manter um programa antilavagem de dinheiro [ou AML] na BitMEX”.

Segundo o comunicado recente do DOJ (que faz referência ao indiciamento de Reed, documentos e declarações judiciais feitas no tribunal), Reed foi um dos três cofundadores em uma época em que a BitMEX operava nos EUA e atendia milhares de consumidores americanos.

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No entanto, isso aconteceu “apesar de representações falsas da empresa sobre o contrário”, alegou o DOJ.

“Reed deliberadamente fez com que a BitMEX falhasse em estabelecer e manter um programa AML, incluindo um programa para verificar a identidade de clientes da BitMEX”, explica. Por sua vez, isso resultou na transformação da BitMEX “em uma plataforma de lavagem de dinheiro”.

O DOJ também destacou que, em maio de 2018, Reed foi notificado sobre alegações de que a BitMEX estava sendo usada para lavar proventos de um hack relacionado a criptomoedas. Nem Reed nem a BitMEX enviaram um relatório de atividade suspeita na sequência.

Além disso, Reed também “sabia que a suposta saída da BitMEX do mercado americano em ou próximo de setembro de 2015 era uma farsa”, explicou.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.