As autoridades financeiras da China vão colocar em prática no sábado, 1º de maio, suas novas regras para conter os golpes financeiros que vêm crescendo no país. São fraudes com moedas fiduciárias e criptomoedas e até mesmo golpes com falsas arrecadações em nome de partidos políticos. As informações são da Reuters.
No ano passado, as autoridades chinesas detectaram 7.500 golpes, um aumento de 27% em relação ao ano anterior. Ao longo dos anos, pelo menos 6.000 plataformas P2P foram extintas na China em decorrência de ações policiais. Segundo o jornal, elas causaram às vítimas um prejuízo estimado em US$ 100 bilhões.
Novas regras podem tornar servidor réu
Agora, com as novas regras em jogo, toda a responsabilidade cai em cima dos órgãos responsáveis por conter os golpistas. Em resumo, em vez da vítima acionar as autoridades ao cair num golpe financeiro, a autoridade responsável por conter tais práticas ilícitas é que será responsabilizada, inclusive pelos casos que ocorrem no setor de criptomoedas.
“Anteriormente, você pedia às vítimas que fossem ao tribunal. Agora, as vítimas podem levar os funcionários ao tribunal por negligência de dever ”, disse um funcionário do governo à Reuters, que pediu para não ser identificado. Ele acrescentou: “Os novos regulamentos estabelecem que os funcionários que não conseguirem lidar prontamente com as fraudes serão punidos’.
Repressão a golpes na China
A repressão aos golpes financeiros conta com o apoio de bancos e de agências estatais, como a Multi Accumulate e o Zhongyan Group, que já foram instruídas pelo governo de Xangai a interromper projetos controversos de investimentos e tomar medidas corretivas, explicou a Reuters.
No caso dos bancos, eles estão cooperando com os governos locais para identificar suspeitas de esquemas de investimento ilegal em criptomoedas, bem como especulações no setor imobiliário; as estatais, identificando programas duvidosos que vão a público através de sites de noticias e transmissões de videos que usam imagens do governo indevidamente. Muitos deles, disse a agência, usam o Bitcoin e até mesmo o yuan digital como iscas.