Bandeira da China com moeda de bitcoin
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O governo da China, notório pela repressão às criptomoedas, pode ser uma das principais ‘baleias’ de Bitcoin do planeta, superior até mesmo a empresas de capital aberto como a Microstrategy, do evangelista do Bitcoin Michael Saylor, e a Tesla, do bilionário Elon Musk.

Isso acontece porque, em 2020, a polícia chinesa confiscou cerca de 195.000 BTCs de um esquema de pirâmide chamado Plustoken que atuava no mercado local havia pelo menos dois anos. Trata-se de uma quantidade que representa aproximadamente 1% de todo o Bitcoin já minerado até a ocasião.

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Para se ter uma ideia, a maior baleia institucional conhecida até o momento é a MicroStrategy, que recentemente afirmou deter em caixa 130.000 BTCs, a mesma quantidade anunciada por Saylor em setembro. Vale lembrar que o termo ‘baleia’ se refere a empresas ou pessoas que detêm uma grande quantidade de criptomoedas.

A curiosidade surgiu após um tweet do analista de Bitcoin, Ki Young Ju, cofundador da plataforma de análise de criptomoedas CryptoQuant. Na noite de quarta-feira (02), Ju fez a seguinte analogia:

“Curisidade: O governo da China é uma baleia das criptomoedas. As autoridades chinesas apreenderam 194 mil BTC, 833 mil ETH, entre outras [criptos] do golpe PlusToken em 2019. Eles perderam esses ativos no valor de US$ 6 bilhões para o tesouro nacional. para efeito de comparação, a MicroStrategy tem 130k BTC”.

No post, uma imagem com as empresas de capital aberto que mais seguram bitcoin, com a Microstrategy no topo, com seus 130.000 BTCs, seguida por Galaxy Digital (40.000), Voyager (12.260) e Tesla (10.725).

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Na terça-feira (01), a Microstrategy confirmou o número de BTCs em um relatório.

“No terceiro trimestre, compramos aproximadamente 301 bitcoins por US$ 6 milhões a um preço médio de cerca de US$ 19.860, líquido de taxas e despesas. Em 30 de setembro de 2022, a empresa detinha 130.000 BTCs adquiridos por volta de US$ 4 bilhões, ou US$ 30.639 por unidade, também líquido de taxas e despesas”, diz um trecho do documento.

Caso Plustoken na China

Há cerca de dois anos, a Justiça chinesa condenou os golpistas da pirâmide financeira ‘Plustoken’ a penas que chegaram a 11 anos de prisão. Fora isso, o criador do negócio, Chen Bo, seu sócio Chen Tao e outros 13 réus foram condenados a pagar multas equivalentes a até R$ 5 milhões.

A fraude envolveu milhões de vítimas e um prejuízo estimado em aproximadamente US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10,5 bilhões).

Para se ter uma ideia da ousadia dos golpistas, o esquema arrecadou cerca de 1% de todos os bitcoins que já tinham sido minerados na época — dada sua escassez de pouco mais de 18,5 milhões de unidades.

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Portanto, se o Tesouro da China ainda segura os bitcoins apreendidos, pode ser a entidade com mais BTCs em hold do planeta.

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